domingo, maio 15, 2005

AUSCHWITZ - BIRKENAU

Auschwitz II (Birkenau) é o campo que a maior parte das pessoas conhece como Auschwitz. Ali se encerraram centenas de milhares de judeus e ali também se executaram mais de um milhão de judeus e ciganos. O campo está localizado em Brzezinka (Birkenau), a 3 km de Auschwitz I. A construção se iniciou em 1941 como parte da Endlösung (solução final). O campo tinha uma extensão de 2,5 km por 2 km e estava dividido em várias secções, cada uma delas separadas em campos. Os campos, como todo o complexo inteiro estavam cercados e rodeados de arame farpados e cercas elétricas (alguns prisioneiros utilizaram o cerco elétrico para cometer suicídio). O campo albergou até 100.000 prisioneiros em um dado momento. O objetivo principal do campo, não era de manter prisioneiros como força trabalhista (como era o caso de Auschwitz I e III) mas sim para o extermínio. Para cumprir com este objetivo, equipou-se o campo com quatro crematórios com câmaras de gás. Cada câmara de gás podia receber até 2.500 prisioneiros por turno. O extermínio a grande escala começou na primavera de 1942.
A maioria dos prisioneiros chegava ao campo por trem, com freqüência logo depois de uma terrível viagem em vagões de carga que durava vários dias. A partir de 1944 se estendeu a linha do trem para que chegasse diretamente ao campo. Algumas vezes, ao chegar o trem, os prisioneiros eram passados diretamente para as câmaras de gás. Em outras ocasiões, os nazistas selecionavam alguns prisioneiros para supervisão do Josef Mengele, para ser enviados a campos de trabalho, ou para realizar experimentos. Geralmente os meninos, os anciões e os doentes eram enviados diretamente para as câmaras de gás. Quando um prisioneiro passava a seleção inicial, era enviado a passar um período de quarentena e logo lhe atribuía uma tarefa ou era enviado a trabalhar em algum dos campos de trabalho anexos. Aqueles que eram selecionados para exterminação eram enviados a um dos grandes complexos de câmaras de gás/crematório para os extremos do campo. Dois dos crematórios (Krema II e Krema III) tinham instalações subterrâneas, uma sala para despir uma câmara de gás com capacidade para milhares de pessoas. Para evitar o pânico, informava às vítimas que receberiam ali uma ducha e um tratamento desinfectante. A câmara de gás inclusive tinha tubulações para duchas, embora nunca foram conectadas com o serviço de água. Ordenava as vítimas que se despissem e deixassem seus pertences no vestiário, onde supostamente as poderiam recuperar ao final do tratamento, de maneira que deviam recordar o número da localização de seus pertences. Uma vez selada a entrada, descarregava-se o agente tóxico
Zyklon B pelas aberturas no teto. As câmaras de gás nos crematórios IV e V tinham instalações na superfície e o Zyklon B se introduzia por janelas especiais nas paredes. Logo depois de mortos, os corpos eram levados a uma sala de fornos anexa por prisioneiros selecionados, chamados Sonderkommandos onde eram queimados. Alemanha invadiu a Hungria em março de 1944; entre maio e julho de 1944, perto de 438.000 judeus da Hungria foram deportados para Auschwitz-Birkenau e a maioria foram executados ali. Havia dias em que os fornos não se davam provisão e se tinha que queimar os corpos em fogueiras ao ar livre.
As primeiras prisioneiras assim como as primeiras vigilantes chegaram ao campo em março de 1942 transladadas do campo de
Ravensbruck na Alemanha. O campo feminino foi mudado a Auschwitz Birkenau em outubro de 1942, e María Mendel foi nomeada chefe de vigilância. Perto de um total de 1.000 homens e 200 mulheres da SS serviram como supervisores de vigilância em todo o complexo de Auschwitz.
O mundo estava vivendo um de seus maiores pesadelos, o movimento nazista e a execução dos Judeus em campos de concentrações que desencadeou paixões incontroláveis nos homens, deixando o ser humano sem identidade física e moral.Prostituídas pela fome e sem direito de escolha a história mostra a dura vida de um grupo de mulheres no campo de Auschvitz onde tocar na orquesta para elas, era a única esperança de vida, o que não havia para as outras vítimas lá dentro.Amarga Sinfonia de Auschvitz é uma história fiel desta época onde as imagens falam por si só.
Também fui a este campo de Birkenau, e, do cimo da torre, de onde se tem uma visão geral dos campos pude verificar tudo o que está aqui descrito...além de ter visitado 2 pavilhões, in loco, onde se cometiam as maiores calamidades nunca imaginadas.

7 Comments:

At 17/5/05 20:36, Anonymous Anónimo said...

É com agrado que continuo a ler os seus textos, em especial estes dedicados a dados históricos apreendidos numa viagem. Força.

 
At 21/5/05 15:57, Anonymous Anónimo said...

Vou ter de confessar ke 15 anos atras eu li muitos livros sobre a 2ªGuerra Mundial e fikei horrorizada .Sei ke fizeste esta viagem e para ti é capaz de ser novidade mas ...eu kero é eskecer.Realmente somos todos diferentes e eu respeito pois kero ser respeitada.Lembras te kuando eu era super faladora e contava tudo tim tim por tim tim-hoje rio me da minha ingenuidade para nao dizer estupidez.Vivendo e aprendendo.Bjokas prima e ate á proxima

 
At 21/5/05 17:51, Anonymous Anónimo said...

Citando: "...hoje rio me da minha ingenuidade para nao dizer estupidez". TOMA

 
At 22/5/05 21:03, Blogger Kalinka said...

J.Soares
mais uma vez agradeço as suas palavras de incentivo, felizmente alguém me entende...pode continuar assim. Aguardo a sua visita sempre!

 
At 22/5/05 21:08, Blogger Kalinka said...

Prima:
acabo de chegar das minhas mini-férias e tenho em cima de mim 360km feitos e às 11h da manhã estava na piscina a fazer 20 piscinas, estou exausta, mas como te prometi aqui estou para dizer que tenho lido sempre os teus comentários, mas...nem sempre posso concordar contigo, pois pelo facto de eu estar a escrever pela 3ª vez sobre Auschwitz não quer dizer que eu queira relembrar algo tão HORROROSO...apenas relembrar a algumas pessoas o que aconteceu e jamais poderá acontecer algo semelhante...por vezes É NECESSÁRIO RELEMBRAR...beijos.

 
At 22/5/05 21:11, Blogger Kalinka said...

Citando: "...hoje rio-me da minha ingenuidade para nao dizer estupidez". TOMA

POIS É... e eu sempre fui aquela que dizia: não fales tanto da tua vida, da tua pessoa e não me quiseste dar ouvidos, por isso não podes dizer que era ingenuidade...talvez alguma teimosia, quem sabe???
mas, felizmente é como dizes: vivendo e aprendendo...!!!

 
At 25/5/05 16:41, Anonymous Anónimo said...

Pois é tens razao,nao devia ter me aberto tanto mas tu melhor ke ninguem sabes o ke é nao ter suporte familiar e social e foi isso ke nos aconteceu com o 25 Abril e assim a necessidade fez a parva.Mas como tao bem disseste vivendo e aprendendo...

 

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