sexta-feira, janeiro 13, 2006

Para finalizar o assunto

Mesmo sem falar, um jovem que seja vítima de bullying dá sinais de que algo não vai bem. Não está tão interactivo, muda o comportamento e não fala dos colegas.
Na opinião desta especialista, “a consciência do problema pode explicar em parte porque é que se tem a percepção do crescendo desse fenómeno. Mas se não há motivos para crer que se trate de um problema crescente, tal não significa que tenha diminuído ou que se tenha tornado menos grave”.
Margarida Matos também acredita que o bullying não é um problema crescente no nosso país, mas reconhece que está a ganhar mais gravidade. “E é a modalidade de bullying mais grave que tem aumentado.
Aquela em que as vítimas declaram que são provocadas todos os dias.
Os jovens não vêem a escola como solução para as suas vidas.
Não a vêem como investimento para o futuro.”Para mudar este cenário, Margarida Matos acredita que o caminho passa por valorizar o sucesso escolar e os bons professores. Para isso, é importante investir na Educação.
“Investir no ensino é barato, mais barato do que arcar com as consequências.
E são muitas, para além do bullying.”
Nas mãos dos professores
O que podem fazer os professores em casos específicos?
A psicóloga Margarida Matos recomenda:
Não devem tratar estes jovens como “coitados” ou pôr os holofotes sobre eles, pois têm direito à sua privacidade;
Descobrir as suas competências positivas (todos nós temos algo em que somos bons) e destacá-las;
Fazê-lo de forma honesta e não condescendente. Acima de tudo, com dignidade;
Criar condições para o jovem aprender a lidar e a resolver problemas;
Devem falar com a turma em geral sobre a violência, a importância de ter amigos, das relações entre as pessoas, mas de forma curta e objectiva.
E ouvir o que têm a dizer sobre isso...!!!

4 Comments:

At 14/1/06 19:08, Blogger margusta said...

Amiga Kalinka,
...venho agradecer o carinho deixado lá nos "Momentos Sentidos" pelo meu aniversário.

O dia não foi dos melhores e vou explicar-te porquê pois está dentro do assunto que tens em discussão.
Por volta das 11,30h recebo uma chamada de um senhor muito nervoso a dizer que falava da escola, tive que perguntar que escolapois tenho tr~es filhos em diferentes graus de ensinoe cada um frequenta uma escola diferente.
Bom depois de um momento de atrapalhação em que o referido senhor não conseguia ser objectivo eu disse que era a mãe do E. arriscando assim o nome do meu filho mais novo que tem 9 anos...Ok.era com ele mesmo tinha dado um jeito no pescoço e a ambulancia estava a chegar para o levar ao hospital.Fiquei louca ..desorientada, lembrei-me de tudo a coluna cervical uma lesão seria gravissimo..bom como podes imaginar desesperada até conseguir ver o que se passava com ele. Taxi/escola..a ambulancia já tinha seguido..ok lá vou eu para o hospital.
Felizmente foi só um traumatismo a nivel muscular..o miudo tinha a cabeça ligeiramente de lado e está a ser medicado..e assim lá passei umas boas horas nas urgências.
Em que é que tudo isto se relaciona com o assunto que debates é que o E. confessou que foi um colega que lhe agarrou pelo pescoço e lho torceu..ainda tinha marcas de dedos no lado direito...poderia ter-lhe danificado a cervical ou tê-lo mesmo morto.
Do hospital vim directa para a escola para falar com o responsavel da mesma e expliquei-lhe o sucedido, o que todos desconheciam pois E. talvez por medo tinha dito que foi ele que se magoou sózinho.
Parece que é comum este tipo de luta nos intervalos pois costuma dar num programa na "SIC Radical" e eles tentam imitar ...disse o professor mas que não conseguem controlar os miudos .
Pedi-lhe para sensibilizar todos os professores no sentido de falar com os alunos para o perigo que pode advir deste tipo de brincadeira, ficou prometido que seria geito na proxima semana...a ver vamos...
Teria muitas outras experiências para te contar, mas hoje fico por aqui.

Um beijo e bom fim de semana.

 
At 14/1/06 19:13, Blogger margusta said...

De ínicio quando me telefonaram para casa todos pensavam que poderiam existir danos na coluna daí tanto nervosismo do professor que me ligou.
Entretanto o E. contou o motivo porque na semana anterior chorou um dia e não quis ir á escola, estava com medo.
Apesar de tudo E. é uma criança extremamente alegre e com muitos amigos.

 
At 14/1/06 19:39, Blogger Kalinka said...

MARGUSTA:
Como podes constactar agora, com um caso que aconteceu com um filho teu, logo no dia do teu aniversário, ficará para sempre marcado na tua memória.
Mas, se eu coloquei este artigo aqui, foi precisamente porque é um assunto desconhecido da maioria das pessoas, Pais de hoje, com filhos em idade escolar...só lamento, mais pessoas não lerem certos temas importantes que são abordados nos blogs e de grande interesse geral.
Alguns dos bloguistas que visitam este blog até são professores e, então, estão mais por dentro desta situação, mas os que não trabalham directamente com os alunos, nas escolas, nem sonham o que pode acontecer um dia destes, na vida dos seus filhos.
Não foi por acaso, que deixei a parte final, para «os Professores», pois sei que a maioria dos alunos têm mais respeito ao que os Professores lhes dizem nas aulas, do que os Pais lhe dizem em casa.
Lamento o sucedido, e desejo as rápidas melhoras do teu filho E.
Beijokas.

 
At 14/1/06 23:11, Blogger Pink said...

Olá, Kalinka! Cá estou respondendo ao convite que deixaste no Firebud. Tema de facto importante e candente, este. Ainda a semana passada e na qualidade de Directora de Turma dei mais uns passos na direcção da resolução de um probelma deste tipo que se passava com uma aluna minha de 10ª ano. Curioso é que o agressor não tem nem tinha razões aparentes para "implicar" com a aluna em causa, que nem sequer é da mesma turma! Contudo, a resolução destes casos é muito complicada e requer um acompanhamento posterior para que não se venham a repetir.

Mais uma vez te felicito por tratares de um assunto tão relevante aqui no teu blog.

Um beijo e bom Domingo

 

Enviar um comentário

<< Home