segunda-feira, novembro 19, 2007

a minha explicação para os factos


As últimas 36 horas têm sido péssimas, mas…refugio-me nos vossos cantinhos e ali fico, esquecendo tudo o que existe à minha volta, pois na vossa companhia virtual vivo muitos momentos agradáveis.
Antes de escrever o post anterior, pensei várias vezes se deveria deixar em aberto os comentários, pois é sempre complicado e difícil tentar passar aos outros o que sentimos. Houve quem me entendesse pois são pessoas que tal como eu, sem uma máquina fotográfica se sentem despidas, não tem qualquer interesse estar onde se está, se não se puder captar uma imagem só que seja, para mais tarde recordar; pois, sei que há quem diga que as melhores imagens ficam retidas na nossa memória, enfim…são pontos de vista; comigo isso não serve, pois tenho experiência de coisas na minha Vida que hoje, passados tantos anos, décadas até, só têm valor depois de vistas uma e outra vez, faz recordar momentos bonitos revendo as imagens.
Não é por acaso que outras pessoas que iam no mesmo grupo, na viagem, uma fez 400 fotos e outra já ia na 614, vi eu, na máquina digital, por isso, podem imaginar o que de bonito e interessante havia para fotografar.
Também há aquelas pessoas que adoram «história», e esta viagem parece-lhes a viagem das suas vidas, não é o meu caso, vejo mas não é definitivamente o destino para eu dizer que foi ou seria a «viagem da minha vida».
Outra coisa é as pessoas antes de ir imaginarem que vão ver isto e mais aquilo…puro engano!!!
O turismo no Egipto está muito mal orientado, querem explorar tudo e todos, é um turismo massificado, grandes massas de pessoas à mesma hora, para o mesmo local e é tudo às pisadelas e encontrões, depois os templos e lugares de visita ficam às moscas, e nós turistas ficamos com a tarde toda livre, sem ter nada que fazer, mas…obrigaram-nos a levantar às 4h 30m da manhã, para às 5 horas tomar o pequeno-almoço e às 5h 30m sair para o autocarro e lá vai tudo em manada atrás uns dos outros, mas pelas 16h deixam as pessoas no hotel sem ter nada que fazer, devia haver outro tipo de organização, uns grupos vão de manhã cedo e outros vão umas horas mais tarde, para não haver aquela balbúrdia toda, ninguém se entende, atropelam-se todos para poder fotografar 40 cm de uma parede…enfim, só visto. Acreditem que houve momentos em que até dei graças a Deus de não ter máquina fotográfica naquela situação…foi horrível.
Não existem guias turísticos, existem sim representantes locais que são tudo menos bons conselheiros, mas são todos comerciantes, querem é que o turista compre visitas opcionais, pois é aí que vão buscar as suas receitas pessoais.
Em Assuão, o tal «guia» que nos acompanhou à visita do »Obelisco inacabado» e depois à «Barragem de Assuão», sem nós pedirmos nem estar escrito no programa levou-nos a uma fábrica de fazer perfumes e essências, para ganhar a sua comissão com as nossas compras. Isto irritava as pessoas do grupo, que vinham logo embora para a rua assim que podiam, como foi o meu caso.


Registei alguns dos comentários que me deixaram:
Lamento tudo o que te aconteceu. Mas que ideia essa de ir para os países árabes. Não se pode beber, não se pode comer, não se pode...fazer nada. Era bem melhor uma viagem ao Alasca ou ao Pólo Norte. Eu preferia mil vezes. E quanto à máquina fotográfica sei perfeitamente o que deves sentir, é que eu sem máquina fotográfica sou um homem nu...
Lamento o sucedido...pois se fosse comigo, eu ficaria igualmente decepcionada...e a ausência da máquina numa viagem fazer-me-íam sentir despida...
Acontece aos melhores repórteres de guerra. E daquelas paragens e gentes tudo se deve esperar. Para ver coisas da Antiguidade mais vale procurar excursões temáticas que integrem entendidos na matéria. Para descansar, existe há um destino turístico magnífico que se chama Portugal Interior. De Norte a Sul, o desafio é procurar, descobrir, encontrar um dos muitos recantos mágicos que ainda cá temos. Digo eu, com a autoridade(!) de quem detesta viajar.
POIS, TENHO A DIZER QUE TAMBÉM VIAJO NO PORTUGAL INTERIOR, antes de ir para o Egipto, estive 4 dias no Algarve e outros 4 dias no norte do país…há quem pense que sou daquelas pessoas que vai para fora e não conhece Portugal por dentro, quem assim pensa está muito enganado.

Que desastre de férias, realmente! Imagino como ficaste quando te apercebeste q a máquina ficara sem conserto. Se fosse comigo tb ficaria de rastos.
Viva!Eu compreendo a fúria, porque em Paris não consegui tirar uma única foto! Só não atirei a máquina ao Sena, porque não me deixaram! Mas não concordo com essa recusa de voltar aos países árabes, muito francamente!
A ESTA PESSOA A MINHA RESPOSTA É: já estive na Tunísia por 2x, já estive em Marrocos por várias vezes e estive agora no Egipto, acho que posso muito bem dizer que «países árabes nunca mais» chego à conclusão que é tudo igual, não há diferença no que se vê. Afirmo, por mim está tudo visto.

O que me deixou muito feliz, foi saber que mesmo na minha ausência o meu kalinka teve imensos visitantes, pois o contador assim me informou. É bom saber que alguém se lembra do nosso cantinho, independentemente de nós visitarmos essas pessoas ou não, como foi o caso, estive 8 dias sem saber o que se passava no Mundo, nem TV nem Internet.

10 - 11 - 12 - 13 - 14 - 15 - 16 - dia da semana
84 - 95 - 110 - 110 - 139 - 117 - 119 - visitantes
95 - 107 - 132 - 128 - 165 - 154 - 135 - cliques
MUITO OBRIGADO A TODOS QUE ME VISITAM.

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