quarta-feira, junho 27, 2007

...semana agitada...é só eventos!

Pois é, meus Amigos(as)...
estamos no Verão, e isso significa muita agitação.
Foi assim que a minha última semana se passou - é só eventos importantes; o lançamento do 1º livro do Amigo Augusto, do blog Klepsidra;
a exposição de pintura da Amiga Margusta e, para a semana terminar em beleza, queria muito ir ao lançamento do livro do Amigo Mário...mas, não vai dar, pois é em Vila Nova de Gaia.
Depois de ter recebido os convites...decidi pôr-me a caminho.
...No próximo dia 21 de Junho, pelas 19h30, vai ter lugar a sessão de lançamento do meu primeiro livro “Onde estiveste, Jesus?” no Ondajazz - Travessa Arco de Jesus,7 Campo das Cebolas. Estão todos convidados.
http://klepsidra.blogspot.com/
e, aqui está uma foto para mais tarde recordar, de um dia muito importante, na Vida do Augusto. Entendo que estes momentos tenham um outro sabor, quando na companhia de pessoas que nos querem bem, além dos familiares.
Quem sabe, um dia serei eu...!!!

Outro convite: De 1 de Junho a 28 de Junho estará patente uma exposição minha no Hospital Garcia da Orta em Almada, intitulada " As cores e eu".

A exposição é realizada no Hall Principal do Hospital , e é composta por 14 obras. Pode ser visitada todos os dias das 9.00h ás 19.00 horas. A mesma já se encontra anunciada no site www.Artelista.com ( onde tenho uma pequena exposição online) , desde o ínicio deste mês.

http://margustamar.blogspot.com/

Pois é, com a Margusta é diferente, já somos conhecidas desde o ano passado, quando também decidi visitar a outra exposição de pintura, da qual fiz um post, no Domingo, Julho 30, 2006 que intitulei «Do Virtual à Realidade» pois o nosso Mundo deixou de ser apenas virtual e passei a fazer parte do seu Mundo, na realidade.
Estive esta tarde, com a Amiga Margusta e aqui fica uma recordação linda.

sobre a exposição, falarei em outros posts, para a semana...
e...last but not the least...outro convite:
LANÇAMENTO DO LIVRO “O ECO DAS PALAVRAS”
É com enorme prazer que vos anuncio que no próximo dia 29 de Junho, Sexta-feira, no BLÁ BLÁ em Matosinhos, pelas 22h30. Será o lançamento do meu primeiro livro “O eco das palavras”
É com muito prazer que vos convido a estarem presentes neste evento.Espero poder contar com a vossa presença. Foi graças ao apoio que deram a este cantinho, que contribuíram para que este livro fosse uma realidade.Sem a vossa ajuda, nunca seria possível publicar este livro.Agradeço a todos do fundo do coração.
Bem hajam! E muito obrigado
Mário Margaride
http://avano2006.blogspot.com/
MUITOS PARABÉNS AOS 3 AMIGOS - VOTOS DE MUITO SUCESSO.

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segunda-feira, junho 25, 2007

7 Maravilhas da Blogoesfera


A semana passada fui surpreendida por ter recebido algumas nomeações para prémios, aqui neste maravilhoso Mundo da Blogosfera.

O Amigo Papagueno surpreendeu-me ao indicar o «kalinka» para o Concurso 7 Maravilhas da Blogoesfera. Assim escreveu ele:
Olá amiga foi pelo Cinema Paraíso que nos conhecemos e é através dele que te nomeio como uma das 7 maravilhas da blogosfera. Se puderes passa por lá para ver. beijinhos.

7 Maravilhas da blogoesfera:
O Regulamento é o seguinte:
1. Podem participar na votação todos os bloggers que mantenham blogues activos há mais de um mês [os outros esperem por outra ideia brilhante que alguém irá ter].
2. Cada blogger deverá referenciar sete nomes de blogs. A cada menção corresponde um 1 voto.
3. Cada blogger só poderá votar uma vez, e deverá publicar as suas menções no seu blog [da forma que melhor lhe aprouver], enviando-as posteriormente para o seguinte e-mail: 7.maravilhas.blogoesfera@gmail.com
No e-mail, para além da escolha, deverão indicar o link para o post onde efectuaram as nomeações. A data limite para a publicação e envio das votações é dia: 01/07/2007.
4. De forma a reduzir alguns constrangimentos [e desplantes], e evitar algumas cortesias desnecessárias, também são considerados votos nulos:
- Os votos dos blogger(s) em si próprio(s) ou no(s) blogue(s) em que participa(m);
- Os votos no blog O Sentido das Coisas.
No dia 7.7.2007 serão anunciados os vencedores e disponibilizadas todas as votações.
Então, aqui estão os blogs das pessoas que me nomearam:


http://flordapalavracege.blogspot.com/
http://cinemaparaiso.blogspot.com/
E,
agora seguem-se aqueles blogs que eu acho que merecem ser nomeados, desta vez:

http://myshinningmoon.blogspot.com/
http://125zul.blogspot.com/
http://furiadasaguas.blogspot.com/
http://latidosemdono.blogspot.com/
http://uma_cabana.blogspot.com/
http://meninamarota.blogspot.com/
http://pensotalvezexista.blogspot.com/


Para todos vós, que me nomearam, para os que eu nomeio e também para quem me visita e lê, ofereço-vos uma poesia:

Poemas de amor e dor
(Rogério Simões)

Transporto comigo quimeras e ilusões
Certezas terrenas de um ente magoado
Poemas de Amor e Dor que arrecado
No baú fechado às minhas paixões

Poeta sem rima ou noutras versões…
Já fui feliz e muitas vezes ultrajado
Melhor sorte nem sequer ter amado
Levo comigo as terrenas desilusões.

Sou um ser etéreo de nobres sentimentos
Em silêncio chorei e escondi os tormentos

Fiquei! Chorei meus versos às escondidas:
Desamores e dores presos com algemas…
Melhor sorte ter partido para outras vidas
Abri o coração; cantem os meus poemas!

(La Rochelle)
05-07-2004

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quinta-feira, junho 21, 2007

Paço Ducal de Vila Viçosa (Alentejo)

Mais um lugar belo e histórico visitei.
Desde Março deste ano que tenho aproveitado nas minhas mini-férias para visitar o nosso Portugal profundo e, ao mesmo tempo, algumas das 21 Maravilhas de Portugal. Em Março, no Algarve, estive na «Fortaleza de Sagres» e, em Maio no Alentejo, visitei as «Fortificações de Monsaraz», O «Templo Romano de Évora» e também o «Paço Ducal de Vila Viçosa».



O Paço Ducal de Vila Viçosa, no distrito de Évora, está isolado e destacado no chamado Terreiro do Paço, no sopé da colina do Castelo. Construído no século XVI, foi largamente beneficiado durante o século XVII e serviu de residência real.
O Paço Ducal de Vila Viçosa foi durante anos considerada a residência onde as famílias reais procuravam descanso do bulício de Lisboa. Era comum retirarem-se para Vila Viçosa durante vários períodos, em particular durante o Verão.
Em 1984, um acordo com a Fundação da Casa de Bragança permitiu a instalação no Paço Ducal de Vila Viçosa de um Anexo do Museu Nacional dos Coches onde se expõem ao público viaturas pertencentes na sua maioria à colecção do Museu a que se juntaram algumas do Palácio Nacional da Ajuda, do Museu de Évora, do Museu Machado de Castro, de depósitos privados e as do próprio Paço Ducal.
Destacam-se, de entre as 73 viaturas ali expostas, alguns coches e berlindas do século XVIII pertencentes à Família Real e uma grande variedade de Viaturas de Gala do século XIX e início do século XX de que são exemplo carruagens, landaus, caleças, fétones, milordes, clarences, bourghans, vitórias, uma aranha e uma mala-posta.

Fotos minhas - um dos recantos do Terreiro do Paço, já anoitecendo.


Após a proclamação da república, em 1910, o Palácio de Vila Viçosa, bem como todos os bens da Casa de Bragança, permaneceram na posse do Rei D.Manuel II, por serem bens familiares do Rei e não do Estado. Em 1933, na sequência das disposições testamentárias de D.Manuel II (falecido em 1932), o Palácio integrou a Fundação da Casa de Bragança, que abriu as suas portas ao público, como museu. Nessa época o Paço recebeu ainda grande parte dos bens móveis, obras de arte e a preciosa biblioteca do rei exilado (provenientes da residência de Londres).
O Palácio apresenta uma grande colecção de obras de arte (pintura, mobiliário, escultura, etc..), sendo particularmente nobres as salas do primeiro piso, de que são exemplos as Salas da Medusa, dos Duques (com retratos de todos os duques até ao século XVIII) no tecto e de Hércules, muitas delas enobrecidas com belíssimos fogões de sala de mármore esculpido. A cozinha apresenta uma das maiores colecções de baterias de cozinha, em cobre. São ainda de realçar a Biblioteca (com exemplares bastante preciosos) e a armaria. Nas antigas cocheiras está instalada uma secção do
Museu Nacional dos Coches, onde entre outras carruagens, se pode admirar o landau que transportava a Família Real no dia do regicídio.

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segunda-feira, junho 18, 2007

Mourão e Borba - Alentejo

Mais 2 belas localidades do Alentejo - Mourão e Borba.


Fotos minhas:
nesta foto - Castelo de Mourão, completamente em ruínas, no seu interior.

3 fotos da Praça central em Borba.


Árvores do Alentejo
Horas mortas... curvadas aos pés do Monte
A planície é um brasido... e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!
E quando, manhã alta, o sol postonte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!
Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!
Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
-Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!
(Florbela Espanca)



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sexta-feira, junho 15, 2007

Alentejo - «Na Rota dos Sabores»

Na cidade de Évora, já noitinha, num jardim na zona histórica, em frente ao Templo de Diana, vi esta bela escultura, que decidi dar-lhe o nome de «O Beijo», pois parece mesmo o acto de beijar, duas bocas que se encostam uma à outra.


Rota dos Sabores

Quando percorrer a Região de Évora e encontrar placas informativas com a expressão “Rota dos Sabores”, não hesite: siga-as.
São elas que lhe vão dizer, em todo o Alentejo, onde se localizam os produtores e transformadores dos produtos tradicionais qualificados.
Estes produtos preservam as condições ambientais naturais, respeitam os ecossistemas existentes e a biodiversidade. Estão identificados com o nome do produto, acrescido da menção da qualificação que lhe foi atribuída e da respectiva marca de certificação e logotipo comunitário.
São três as qualificações que vai encontrar:
DOP - Denominação de Origem Protegida (produto cuja produção, transformação e elaboração ocorrem numa região delimitada, com um saber-fazer devidamente reconhecido e verificado);
IGP – Indicação Geográfica Protegida (produto cuja relação com o meio geográfico subsiste, pelo menos, numa das fases de produção, transformação e elaboração);
e ETG – Especialidade Tradicional Garantida (produto obtido através de uma receita ou de um modo de produção tradicionais).
Trilhando a Rota dos Sabores vai aprender a identificar estes produtos, a distinguir os seus sabores, a conhecer os seus produtores, os seus métodos de trabalho e, também, as origens, estórias e lendas que envolvem cada um deles.
Aceitam uma sugestão? Tragam a família e os amigos e organizem com eles um itinerário de degustação.
Objectivo: descobrir o Alentejo dos Sabores (que podem combinar com a Rota dos Vinhos) e seleccionar aqueles de que nunca mais vão prescindir como presença constante à vossa mesa. É um excelente programa!PRODUTOS QUE INTEGRAM A ROTA DOS SABORES
Além das Carnes (Bovino de Raça Alentejana, Mertolenga, Porco da Raça Alentejana, Carne da Charneca, Borrego do Norteste Alentejano Borrego de Montemor-o-Novo e Carne de Bovino Tradicional do Montado) e da fruta fresca (Cereja de S. Julião, Maça de Portalegre), que podem provar-se nos bons restaurantes da Região, há vários outros produtos que podem degustar-se e comprar para levar para casa, mesmo quando se mora longe e haja limitações de peso na bagagem.
Também são presentes óptimos para oferecer a quem não pôde vir!
Alguns exemplos:
Castanha de Marvão – Portalegre (DOP). Vende-se fresca, seca ou pilada. Embalagens a partir de 250 gramas.
Azeitonas de Conserva de Elvas e Campo Maior (DOP)
Mel do Alentejo (DOP). Variantes de Rosmaninho, Soagem, Eucalipto, Laranjeira e Multifloral. Vende-se em frascos de vidro com pesos diversos.
Queijo de Nisa (DOP). Entre 200 e 1.300 gramas
Queijo de Évora (DOP). Entre 60 e 300 gramas.
Queijo Mestiço de Tolosa (IGP). Entre 150 e 400 gramas.
Ameixas de Elvas (DOP). Pode apresentar-se sob 3 formas: ameixas frescas, passas e confitadas (escorrida, em calda ou com cobertura).
Diversos Enchidos de Portalegre (IGP): Morcela de Cozer, Morcela de Assar, Lombo Branco, Lombo Enguitado, Painho, Chouriço Mouro, Farinheira, Linguiça, Chouriço, Cacholeira Branca.
Diversos enchidos de Estremoz e Borba (IGP): Paio, Paia de Lombo, Paia de Toucinho, Chouriço de Carne, Morcela, Farinheira.

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segunda-feira, junho 11, 2007

Alentejo - Nova «Aldeia da Luz»

Eis-me chegando à Nova «Aldeia da Luz»

A nova aldeia da Luz, tem casas modernas que imitam a tradicional linha arquitectónica alentejana.
A planta da vila é muito ordenada, estilo ortogonal (com ruas e avenidas perpendiculares) e é fácil perceber que foram feitas de encomenda.
Numas ruas encontramos casa brancas com faixa azuis, noutras com faixa amarelas e até há casas com faixas castanhas. Muitos dos nomes das novas ruas são letras do alfabeto, p.ex. Rua G - Rua M.
O ambiente é alentejano, mas há pormenores que destoam como o design dos novos candeeiros.

Na nova aldeia da Luz mantém-se a igreja e o cemitério, com a mesma relação de proximidade e tensão mas adaptado à nova geografia, e surge um novo equipamento cultural o Museu da Memória que assume o duplo papel de “depósito de memória do lugar e registo dinâmico do processo de transformação que gera uma relação de cumplicidade entre o passado e o presente/futuro.”
A igreja e o cemitério mantêm-se, tal como na situação original, afastados da aldeia, no prolongamento da sua rua principal.
O xisto, abundante naquela região, foi o material usado na estrutura da Igreja. Os revestimentos à base de materiais naturais – argilas e cal - também usadas em todo o Alentejo são fundamentais para manter ou reflectir o calor.
O alpendre na nova igreja proporciona uma situação privilegiada sobre a paisagem de onde se pode contemplar o Sol a esconder-se por trás daquela que será a albufeira do Alqueva.
A menos de 20 metros da igreja, o cemitério da nova Luz. O muro branco e os ciprestes são os ícones que se destacam no novo edifício e que fazem parte da memória colectiva referente àquele lugar. Dentro dos muros do cemitério as campas foram mantidas com alturas diferentes também respeitando a marca de um crescimento não programado. O pavimento em mármore branco disposto de forma vertical acompanha a inclinação do terreno que favorece a contemplação e mantém de certa forma a mesma espiritualidade que se pode respirar no original.

(Fotos minhas - nesta foto, o novo Museu da Luz)

Ao chegar ao largo da nova igreja matriz a primeira imagem que temos do Museu da Memória é a de uma parede de xisto, lisa, nos tons castanho esverdeado e avermelhado que a pedra assume na região — os vermelhos são particularmente especiais porque evocam o banco de xisto que se encontra junto da actual igreja a que o povo chama de “borras de vinho”. Esta parede impede-nos a vista que poderíamos ter sobre a albufeira, mas integra-se completamente na paisagem, como se o pavimento de xisto que ali cobre o solo se materializasse numa parede.
Para entrar no Museu temos de contornar a parede e descer uma rampa que nos projecta na imensidão alentejana, mas que dentro de alguns anos será a de um lago a perder de vista. Também aqui o xisto é o material de eleição que ocupa a quase totalidade do edifício.
A excepção é a Sala da Luz, a jóia da coroa do Museu. Este espaço, revestido a branco em todas as superfícies e furado por uma chaminé que o inunda de luminosidade, poderia ser, de acordo com Pedro Pacheco “um elogio às qualidades naturais do sítio”. A Sala da Luz é também um ponto de relação entre o interior e a paisagem ao abrir-se num pátio e ao lançar o nosso olhar para o Monte dos Pinheiros, que ficará depois de a barragem encher como a referência daquela que foi a aldeia da Luz.

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sexta-feira, junho 08, 2007

Alentejo - «Cromeleque do Xarez»

Voltando um pouco atrás, ao sair das «fortificações de Monsaraz» tinha 2 alternativas, ou ia para a região do «Grande Lago» como fui, ou ia para a região de Telheiro, que se via lá bem do alto de Monsaraz. Decidi-me ir por este lado e parei junto da «Fonte do Telheiro». Chamou-me a atenção esta fonte, porque na loja de artesanato em que fiz algumas compras, via-se muito esta fonte pintada no fundo dos pratos decorativos. Em conversa com o senhor da loja de artesanato que me contou a história da fonte, fiquei curiosa e fui até ao Telheiro. Mesmo em frente à fonte há um antigo lavadouro público, onde as mulheres se juntavam para lavar a roupa de seus familiares e, conversavam sobre suas vidas.


De regresso ao cruzamento de Monsaraz, passo numa rotunda e vejo uma tabuleta com a indicação de «Cromeleque», curiosa sigo naquela direcção e encontro o «Convento de Orada», olhando em volta, ao fim de algum tempo descubro então o dito «Cromeleque» que verdade seja dita, não tem qualquer sinalização. Deixei o carro e fui a pé, não se via ninguém. Achei que as peças estavam colocadas por mão humana e até comentei com a minha amiga, que aquilo tinha sido ali colocado pelo Homem. Hoje, em pesquisa na net sobre o assunto descubro então, muita informação e já entendo a minha observação e, o motivo para que tal tivesse acontecido.


Datado provavelmente de há cerca de 4.000. a. C. - início / 3.000 a. c., este recinto megalítico não é propriamente um cromeleque no sentido geométrico da nomenclatura megalítica, tratando-se, provavelmente, de um recinto megalítico de forma quadrangular constituído por 55 menires graníticos de cerca de 1,20 a 1,50 metro, alguns de configuração fálica, outros de forma almendrada, dispostos em torno do um grande menir central de configuração fálica, com uns 4,50 metros de altura e cerca de 7 toneladas de peso, decorado por uma linha vertical de gravuras do tipo "covinhas".
O reconhecimento e identificação em 1969 na Herdade do Xarez de Baixo, do conjunto de menires que integram o Cromeleque do Xarez, fica a dever-se ao falecido Dr. Pires Gonçalves, médico, historiador e arqueólogo de Reguengos de Monsaraz, encontrando-se os mesmos, na altura deslocados pelos trabalhos agrícolas do local original. Pires Gonçalves procedeu a trabalhos de investigação que lhe permitiram localizar o local exacto do menir central, e ensaiar a reconstituição da forma de implantação dos restantes.
(Fotos minhas - nesta foto vê-se do lado direito uma pequena parte do «Convento da Orada»
Encontrei esta notícia:
O Cromeleque do Xarez será reinstalado, durante 2003, num processo pioneiro em Portugal, que se insere no âmbito da minimização dos impactes arqueológicos resultantes do enchimento da barragem de Alqueva.
Nesse sentido, a Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas de Alqueva (EDIA), a Câmara de Reguengos e Junta de Freguesia de Monsaraz celebraram, no passado dia 27 de Dezembro, um protocolo que contempla a instalação do conjunto de 55 menires junto ao Convento da Orada.
Será ainda neste local que vai ser construído o futuro museu regional de arqueologia, que deverá juntar vários vestígios encontrados na zona inundada pela albufeira de Alqueva.
in Diário de Notícias, 2002Dez28

Cromeleque do Xerez muda-se para o Convento da Orada
PUBLICADA: 28/12/2002
Por causa da subida das águas da Barragem do Alqueva, o cromeleque do Xerez, um conjunto megalítico de 55 menires, vai ter de mudar de local. Os trabalhos, que serão inteiramente financiados pela Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas de Alqueva (EDIA), visam retirar o cromeleque do local e levá-lo para um terreno próximo do Convento da Orada, no concelho de Reguengos de Monsaraz, espaço esse que futuramente irá também receber o Museu de Arqueologia do Alentejo, onde irá ficar instalado o espólio arqueológico encontrado durante os trabalhos realizados para a construção da barragem. O cromeleque deverá estar reinstalado no Verão de 2003, sendo que o museu que irá fazer-lhe companhia só mais tarde começará a ser erigido. Até lá, um centro de interpretação provisório ajudará os visitantes que ali se deslocarem.

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quarta-feira, junho 06, 2007

Alentejo - «Barragem do Alqueva»

E, fui indo, até que cheguei à imponente Barragem do Alqueva.


(a foto de cima é do lado da albufeira e a de baixo é do lado do rio Guadiana)

Haverá na Europa algum espelho de água artificial maior do que eu? Não há, e também não deverão existir muitos locais com tanta beleza e potencial turístico. Para o futuro, estão prometidos projectos de grande dimensão. Por enquanto, as águas estão calmas, mas não paradas.
Há vida no Alqueva, “O Grande Lago”

Os anos passaram, a barragem e “O Grande Lago” nasceram – com os seus 250 km2 de superfície, 83 km de comprimento e 1160 km de margens – mas só agora se começa a falar verdadeiramente de grandes projectos.
O mais mediático, denominado Parque Alqueva, da responsabilidade de José Roquete, foi apresentado: Orçado em mil milhões de euros, promete ocupar mais de dois mil hectares, com hotéis, moradias, campo de golfe, marina, campos de férias para jovens, infra-estruturas desportivas e instituto do ambiente.
O investimento e o progresso parecem chegar, finalmente. Ainda assim, a pergunta impõe-se: sairão os alentejanos verdadeiramente beneficiados? Não descaracterizará a região? Esperemos que não, mas, prevenindo, fomos ver o que “O Grande Lago” tem neste momento para nos oferecer. E, continuam lá os sabores e saberes tradicionais, mas já florescem os pequenos empreendimentos e, acima de tudo, multiplicam-se as paisagens soberbas. Afinal, não é em qualquer parte do mundo que podem ver-se aldeias ribeirinhas em plena planície; centenas de pequenas ilhas, muitas vezes apenas compostas por uma ou duas azinheiras; dezenas de estradas que desaguam no lago, ou porcos pretos a passearem-se sossegadamente pelas margens.



É isso - não há bela sem senão:

Fui munida de toda a informação sobre um possível passeio de barco, mas...não é nada como escrevem nas informações. Após várias tentativas por telefone e mesmo no local, não consegui fazer o tal passeio de barco na albufeira da barragem, como tanto desejava.

Passeios de barco – a Gescruzeiros será o maior e mais eficaz operador do momento. Tem vários roteiros à escolha, de apenas 30 minutos a percursos de várias horas, em barcos com capacidade para 25 pessoas (existe um para 125), além de um iate, que pode alugar, conduzir e onde pode pernoitar.

Contacto: Gescruzeiros, Amieira Marina, tel. 266 734 448,

www.gescruzeiros.com

Preços: A partir de €8 por pessoa (para mínimo de seis pessoas, e passeio de 1h10)

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segunda-feira, junho 04, 2007

Alentejo - «Monsaraz e Albufeira do Alqueva»

Dentro das muralhas da «fortificação de Monsaraz» a vista é deslumbrante.
Estamos rodeados por água praticamente por todos os lados e, admitimos, o Alentejo aqui, embora igualmente belo, não corresponde à imagem tradicional feita de planícies douradas de cereais. Permanece, embora, numa serenidade silenciosa, que nenhuma obra humana conseguiu, ainda, devassar.




(fotos minhas - vê-se uma ponte comprida atravessando toda a albufeira do Alqueva - mais tarde passei por lá em direcção a Mourão)


A Barragem de Alqueva construída no Rio Guadiana afigura-se na região como uma potência, no desenvolvimento turístico de Monsaraz. Saliente-se as paisagens deslumbrantes que surgiram com o seu enchimento, formando pequenas ilhas numa terra árida, onde o Homem a transformou colhendo os frutos do seu trabalho, ao longo de gerações.
Esta estende-se como um espelho de água cuja dimensão ocupa 250 km2 e possui uma capacidade total de 4150hm3 de água.
Maior espelho de água da Europa, a 5 min. de Monsaraz.

(fotos minhas)

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sexta-feira, junho 01, 2007

Alentejo - «MONSARAZ»

Nesta minha viagem pelo Alentejo, visitei alguns dos 21 monumentos finalistas às 7 Maravilhas de Portugal.
Cheguei às «Fortificações de Monsaraz»
Reduto da defesa nacional desde a Idade Média, a vila acastelada de Monsaraz ganhou a paz e soube preservar as suas deliciosas habitações de xisto e cal.
Construída no alto de um promontório invulgar na planície alentejana, surge no horizonte como um cenário de histórias de encantar.
Entramos pela Porta da Cisterna e continuamos até ao Largo Principal, atravessando ruas demasiado estreitas, até para um carro de bois, ladeadas por casinhas tão pequenas que parecem de brincar.
De um ou dois pisos, construídas em xisto, material abundante na região, estão impecavelmente caiadas, embora a sua estrutura medieval fuja à tradicional arquitectura civil alentejana, tanto pela utilização do xisto como pela notória antiguidade.
(casa típica - dentro das muralhas)
Pelo caminho vamos encontrando vendas de artesanato e produtos regionais – sobretudo cerâmica, mel, vinhos e tapeçaria.

A origem da toponímia Monsaraz derivará da designação de influência árabe, “Monte Xarez”, cerro erguido no coração de uma terra à margem do Guadiana, antigamente povoada por um impenetrável brenhal de estevas (ou xaras). O acesso ao interior muralhado, onde actualmente vive cerca de uma centena de pessoas, é feito através de quatro portas talhadas em granito, duas de arco gótico – a Porta da Vila e a Porta de Évora – e duas de arco pleno – a Porta da Cisterna ou do Buraco e a da Alcoba.

(pátio de uma casa típica, vendo-se ao fundo as muralhas do Castelo)

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