A ARTE DE SER AVÓ
Nasceu o ANDRÉ, ontem, dia 29 de Agosto de 2006, pelas 14h 05m com 3.300kg.
Mais uma vez sou avó, o meu filho já me tinha dado uma menina, a Catarina há 3 anos e 10 meses, agora a Catarina está radiante com o «pequenino» dela, como ela se refere ao mano.
A ARTE DE SER AVÓ
Raquel de Queiroz
Netos são como heranças:
você os ganha sem merecer.
Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu.
É, como dizem os ingleses, um acto de Deus.
Sem se passarem as penas do amor,
sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade.
E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado:
o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho,
mais filho que o filho mesmo...
Quarenta anos, quarenta e cinco...
Você sente, obscuramente, nos seus ossos,
que o tempo passou mais depressa do que esperava.
Não lhe incomoda envelhecer, é claro.
A velhice tem as suas alegrias, as suas compensações — todos dizem
isto embora você pessoalmente, ainda não as tenha
descoberto — mas acredita.
Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos,
às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade.
Não de amores nem de paixões: a doçura da meia-idade não lhe
exige essas efervescências.
A saudade é de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente
junto com a mocidade. Bracinhos de criança no seu pescoço.
Choro de criança. O tumulto da presença infantil ao seu redor.
Meus Deus, para onde foram as suas crianças?
Naqueles adultos cheios de problemas que hoje são seus filhos,
que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento a prestações,
você não encontra de modo nenhum as suas crianças perdidas.
São homens e mulheres - não são mais aqueles que você recorda.
E então um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das
agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis — aquela criancinha da sua raça,
da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida.
Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho,
é um menino que lhe é "devolvido".
E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito
de o amar com extravagância; ao contrário causaria escândalo e
decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo
aquele amor recalcado que há anos se acumulava,
desdenhado, no seu coração.
Sim, tenho certeza que a vida nos dá os netos para nos compensar
de todas as mutilações trazidas pela velhice.
São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar
aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis.
Aliás, desconfio muito de que os netos são melhores que namorados,
pois que as violências da mocidade produzem mais lágrimas do que enlevos.
No entanto — no entanto! — nem tudo são flores no caminho da avó.
Há, acima de tudo, o entrave maior, a grande rival: a mãe.
Não importa que ela , em si, seja sua filha. Não deixa por isso
de ser mãe do garoto. Não importa que ela, hipocritamente ensine o menino
a lhe dar beijos e a lhe chamar de "vovozinha",
e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e
pergunta por você. São lisonjas, nada mais.
No fundo ela é rival mesmo.
Rigorosamente, nas suas posições respectivas,
a mãe e a avó representam, em relação ao neto,
papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante
dos triângulos conjugais.
A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante.
Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o.
Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina,
a obrigação de educar e o ônus de castigar.
Já a avô, não tem direitos legais,
mas oferece a sedução do romance e do imprevisto.
Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas.
Leva a passear, "não ralha nunca".
Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica.
É a confidente das horas de ressentimento,
o último recurso nos momentos de opressão,
a secreta aliada nas crises de rebeldia.
Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina,
tem todos os encantos de uma aventura.
Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido.
Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes,
tomar café — café! — mexer no armário da louça,
fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas,
derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes
se quiser e até fingir que está discando o telefone.
Riscar a parece com o lápis dizendo que foi sem querer — e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar,
ir para os braços da avó e de lá escutar os debates sobre os perigos
e os erros da educação moderna.
Sabe-se que, no reino dos céus,
o cristão defunto desfruta os mais requintados prazeres da alma.
Porém esses prazeres não estarão muito acima
da alegria de sair de mãos dadas com o seu neto, numa manhã de sol.
E olhe que aqui embaixo você ainda tem o direito de sentir orgulho,
que aos bem-aventurados será defeso.
Meu Deus, o olhar das outras avós,
com os seus filhotes magricelas ou obesos,
a morrerem de inveja do seu maravilhoso neto.
E quando você vai embalar o menino e ele,
tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e diz:
"Vó!", seu coração estala de felicidade, como pão ao forno.
E o misterioso entendimento que há entre avó e neto,
na hora em que a mãe o castiga,
e ele olha para você, sabendo que se você não ousa intervir abertamente,
pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade...
Até as coisas negativas se viram em alegrias
quando se intrometem entre avó e neto:
o bibelô de estimação que se quebrou porque
o menininho — involuntariamente! — bateu com a bola nele.
Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações:
os cacos na mãozinha, os olhos arregalados,
o beiço pronto para o choro;
e depois, o sorriso malandro e aliviado porque "ninguém" se zangou,
o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó?
Era um simples boneco que custou caro.
Hoje é relíquia:
não tem dinheiro que pague.
regresso às minhas origens...
Aconteceu o que eu mais desejava há algum tempo...o meu regresso às origens - visitar a terra onde nasceu o meu Pai e os seus 6 irmãos. Que alegria a minha, ao encontrar ainda primos por lá... mas que descoberta!
Vim muito Feliz...
Concelho de grande beleza natural, situado na fronteira entre o Minho e Trás-os-Montes, Mondim de Basto conjuga esta riqueza paisagística, particularmente notável no Parque Natural do Alvão, com um interessante património arquitectónico, arqueológico e etnográfico.
Na sede do concelho, merecem destaque a Igreja Matriz, em estilo românico e com um retábulo renascentista, a Ponte do Cabril (romana) e vários belos solares, como a Casa dos Azevedos.
No campo da arqueologia, vale a pena visitar o Castro do Monte dos Palhaços e o Castro de Vilar de Viando, a cerca de dois quilómetros de distância.
Do Monte Farinha, com a conhecida igreja da Senhora da Graça e um miradouro a 990 metros de altitude, o visitante pode apreciar um vasto e imponente panorama. Uma das principais atracções do concelho é o Parque Natural do Alvão, partilhado com o concelho vizinho de Vila Real.
Nesta área protegida de 72 quilómetros quadrados delimitada pelos rios Corgo e Tâmega, a paisagem varia entre os campos verdes e férteis das terras baixas às fragas e cumes austeros, como aquele em que nasce o pequeno rio Olo, a 1250 metros de altitude, que se precipita numa espectacular cascata conhecida como Fisgas de Ermelo.
A pitoresca aldeia de Ermelo é a maior do Parque Natural do Alvão e ainda oferece ao visitante as típicas casas de xisto da região, os lagares de azeite, os espigueiros e as eiras de pedra. Não muito longe, o Alto do Velão proporciona uma impressionante e inesquecível panorâmica sobre as montanhas e o vale do Tâmega. O parque também fornece abrigo a uma fauna variada, como o falcão, a águia, o pica-peixe e a lontra.
Em termos de gastronomia, merecem destaque o cabrito assado e o bom vinho verde de Mondim de Basto, enquanto o artesanato oferece bordados, tecelagem e trabalhos em cantaria.
É sede de um município com 171,87 km² de área e 8 574 habitantes (2001), subdividido em 8 freguesias.
D. Manuel I confirma com foral novo as terras de Mondim de Basto - (1514).
D. Manuel I exila em Atei as freiras revoltosas do Convento de Santa Clara de Vila de Conde. Ainda hoje a povoação escolhida se chama «Freiras». - (Cerca de 1500).
D. João II atravessa o Concelho em visita a Trás-os-Montes. - (Novembro de 1483).
Mondim é invadido e saqueado pelos Franceses. Há vários reencontros e escaramuças com a resistência local. - (11 de Janeiro de 1811).
Mondim torna-se o império dos cortumes e fornece todo o País de couro e calçado. - (Cerca de 1700).
Camilo por aqui deambula e atravessa o Concelho na fuga da Quinta do Ermo, em Fafe, para Vilarinho de Samardã. - (2 de Julho de 1860).
Por decreto de D. Maria II é construída a nova ponte sobre o Tâmega e desactivada a antiquíssima e famosa Ponte de Mondim. - (Dec. 1856 / Inauguração 1882).»
TONGOBRIGA
ESTOU DE REGRESSO...
Foram 7 dias de algum descanso, várias visitas interessantes e outras descobertas.
Passeios de combóio e de carro.
Enfim, em resumo, foram umas férias muito ricas a nível cultural.
Quem quiser acompanhar, é só seguir o que aqui vou colocando sobre esta semana de ausência do blog e de computadores.
DESCOBERTA: Em 1882, na borda de um poço da aldeia do Freixo, foi recolhido um bloco granítico paralelepipédico, onde se lê:
[G]ENIO / [T]ONCOBR / [I]CENSIV[M] / [FL]AVIUS / V(otum).S(olvit).A(nimo)
Esta referência a "Tuntobriga" aponta para a existência de uma povoação num ponto alto.
Ptolemeu (2,6,38-48) cita a cidade de Tuntobriga, situando-a entre Douro e Minho, integrada no território dos Callaeci Bracari. Das interpretações apontadas por diversos autores, optou-se pelo nome Tongobriga e identificamos esta cidade com o actual lugar de Freixo, onde as evidências arqueológicas confirmam a propriedade da inscrição encontrada em 1882.
A urbe Tongobriga começou a ser escavada em Agosto de 1980, num sítio chamado "capela dos mouros", designação dada pela população local à pequena parte então visível das ruínas romanas.
A estrutura castrejo-romana criada em Tongobriga, possivelmente pelo imperador Augusto, amadureceu política, administrativa e economicamente, resultando daí a instalação de uma cidade.
A escavação permite dizer que no final do séc. I, início do séc. II, surge Tongobriga como organismo sócio-económico. Podemos pensar que surgiu também nessa época como centro estruturado do poder, civitas, com preponderância sobre a região envolvente.
A construção das termas no final do séc. I, do forum na 1ª metade do séc. II, e demais edifícios públicos identificados, corresponde ao objectivo de dotar este centro urbano de equipamentos colectivos que, pela sua monumentalidade e "riqueza" arquitectónica, impusessem Tongobriga como centro de atracção e decisão.
Junto ao forum estavam as termas públicas, construídas em Tongobriga no final do séc.I e posteriormente remodeladas. A sua construção seguiu um projecto clássico semelhante, entre outros, aos de Pompeia, Conimbriga e Óstia. A edificação destas termas implicou a desactivação de um balneário castrejo, vulgarmente conhecido como Pedra Formosa, aqui totalmente esculpido no afloramento granítico.
Na recepção da Estação Arqueológica do Freixo funciona uma loja que comercializa,entre outros, publicações, lembranças e outros acessórios.
Horário de visitas:
Abertura: 3ª a 6ª: Manhã:09:00h
Tarde: 14:30h
Fecho: Manhã: 12:00h
Tarde: 17:00h
Encerra à segunda-feira.
No período de Setembro a Março as visitas ao fim-de-semana são sujeitas a marcação prévia.
No período de Abril a Setembro as visitas ao fim-de-semana podem efectuar-se das 15:00h às 18:00 horas.
Nota: as visitas escolares, embora careçam de marcação prévia, são gratuitas
DIAS, Lino Tavares (1997) Tongobriga, Lisboa, 374 págs.
Tese de doutoramento de Lino Tavares Dias que dirige a investigação na Estação do Freixo desde 1986.
Mais informações sob consulta.
Envio de pedidos para info@tongobriga.net
regresso de férias...(cont. visita Ericeira)
AMIGOS/AS:
regressei da semana de férias em Esposende...
e, por diversos motivos... ausência de preocupações, memória fraca, convite de uma outra Amiga para visitar a Figueira da Foz, fizeram com que eu me enganasse no meu post falando da Figueira da Foz, quando o que eu tinha mesmo era que falar da ERICEIRA, pois é desta bela cidade que tenho a reportagem fotográfica.
Peço imensas desculpas a todos que me lêem, mas a própria Amiga que vive na Ericeira, me alertou para o facto de eu ter escrito errado.
No post abaixo deste também escrevi que a foto era da Figueira da Foz, na zona das Furnas, pois quem conhece a Figueira sabe que as Furnas não são lá, mas sim na Ericeira...por todos estes enganos, seguem as minhas desculpas.
Decidi continuar a minha reportagem fotográfica da visita à ERICEIRA, mas...problemas de comunicação com o site do blog (blogspot) não me permitem colocar fotos, por isso, vai apenas o texto que já tinha elaborado para seguir junto.
De verão a Ericeira é um destino turístico por excelência.
As suas praias e águas limpas e ricas em sais minerais, permitem quando a maré baixa, a pesca do polvo e das navalhas, sem esquecermos que o seu clima é considerado um dos mais iodados da nossa costa.
A antiga importância comercial tem hoje correspondente no notável movimento turístico, resultante da situação e do clima privilegiado de que goza.
O embarque para o exílio da Família Real Portuguesa, episódio que assinala o termo do Regime Monárquico Nacional, fará sempre do Porto da Ericeira um dos locais mais dramáticos da geografia do concelho de Mafra.
Vila de feição piscatória, com personalidade própria, oferece o prazer da quietude do mar e a tranquilidade de um ambiente repousante.
A vila é bem antiga e cheia de história, presumivelmente foi local de passagem e instalação dos Fenícios. A sua moldura arquitectónica é de grande beleza, quer a nível dos edifícios civis, quer a nível dos religiosos. A Ericeira conheceu no século XIX a sua época áurea enorme incremento, enquanto foi o porto mais concorrido da Estremadura, com Alfândega, por onde se fazia o abastecimento de quase toda a província.
Ao visitar esta vila paradisíaca, é obrigatório viver o colorido dos seus barcos, conhecer a hospitalidade das suas gentes e saborear a frescura dos seus peixes e marisco.
A Ericeira espera-o.
Com ela a paixão da descoberta. O encontro será inesquecível.
Nos arredores da Ericeira, a igreja da Nossa Senhora do Ó, no vale da Carvoeira, onde o falso rei D. Sebastião opôs a última resistência às tropas castelhanas, ainda recorda o culto às Santas Mães. Perto, junto à costa, está a capela de S. Julião e Sta. Basalisa, com a sua lenda e o seu pentagrama esculpido na pedra. Para o outro lado da vila, deixando a estrada nacional, a igreja de Sto. Isidoro respira religiosidade antiga, sendo curiosa a inscrição que guarda na capela e de admirar os azulejos dos apóstolos.
A meia dúzia de quilómetros, na estrada para Lisboa, o convento de Mafra e a igreja de Sto. André são gloriosos testemunhos do passado que maravilha quem os visita. Na Ericeira, o parque de Sta. Marta é um espaço protegido e privilegiado, acessível a todos. As salas de exposições de artes plásticas e pinturas, algumas abertas todo o ano, animam a vida cultural da Ericeira, frequentada por artistas, escritores e jornalistas.
O turista pode escolher entre praias abrigadas e concorridas como a
praia do Sul, no interior da própria vila, ou mais tranquilas, como a
praia de S.Sebastião, já no fim do casario, a caminho do parque de campismo.
Mais adiante, à vista das ruínas de Paço de Ilhas e do casario tradicional de Sto. Isidoro, a
praia de Ribeira d'Ilhas, é óptima para a prática do surf, sendo considerada uma das melhores da Europa para a prática deste desporto.
Ali ao lado, depois de Ribamar, a
praia de S. Lourenço é bastante procurada por quem gosta de espaço à sua volta e de bonitas paisagens.
Do outro lado da vila, o rio que passa ao lado da velha capela de Nossa Senhora do Ó e atravessa os areais da
praia do Lizandro, è um local óptimo para passeios de barco.
Do Virtual à Realidade (3)
Como já tinha dito, estou a levar muito a sério, este tema
«do Virtual à Realidade»...
as perspectivas estavam a ser as mais positivas possíveis e, deste modo, estive na semana passada, com outra Amiga dos Blogues, com quem partilhei um belo dia de estadia na ERICEIRA.
Só posso dizer que foi fantástico, o facto de ter estado numa região que conheço mal, e que através da minha Amiga, andei a visitar, com todo o prazer, por vários motivos:
a companhia da minha Amiga;
os belos locais que pude ver pela 1ª vez;
outros que já tinha visto, mas pude agora fotografar mais de perto
e a constante companhia do Mar, sempre presente com o seu cheiro divino, as suas ondas magníficas, a sua cor azul límpida e digna de um verdadeiro dia de Verão.
Que mais podia eu querer? Tinha tudo de bom em meu redor.
As fotos são todas da minha autoria, numa delas ia resvalando pelas rochas com uma vertigem que tive, eu sei, sou louca em matéria de fotografar, chego aos locais menos imaginados, para conseguir um belo enquadramento.
Espero que gostem.
Apreciem a beleza das fotos, acho que estão fabulosas, basta ter o Mar como o tema principal das fotos.
AMIGA ANA para mim foi um prazer muito grande estar na tua companhia. ADOREI.
Muito obrigado, por mim, volto a repetir.
Como dá para ver, a praia principal estava cheia de gente e muitas pessoas dentro de água...