Ano do Cão já começou...
Penso que tenha alguma lógica, na sequência do «post» de ontem, explicar aqui algo mais sobre as pessoas que nasceram no «Ano do Cão», no Signo Chinês.
Ano do Cão
O ano lunar do Cão corresponde no Zodíaco Ocidental, ao signo da Balança. Este ano está virado para a justiça e afeição. O Cão gosta da honestidade e muitos dos problemas podem vir da sua atitude justiceira. Tudo será balançado precariamente no ano do Cão. A cena diplomática será dominada pelos oradores filosóficos e justos. O Desporto e a Arte estarão no auge das atenções e grandes artistas poderão aparecer. Será um ano equilibrado com os devidos cuidados.
Os anos do Cão: são
1994, 1982, 1970, 1958, 1946, 1934, 1922...
Personalidade do Cão
O Cão é o signo que se faz amar naturalmente, principalmente quando é honesto, inteligente e leal. No geral são muito atraentes e vigorosos e não consegue ignorar um pedido de socorro de quem quer que seja. As vezes protegem os interesses alheios mais ferozmente que seus próprios interesses.
Um cão raramente abandona o lar, e quando o faz, é por que as coisas realmente vão mal. Extremamente criativo, o nativo do Cão se realiza por meio da arte, atingindo cedo ou tarde a fama e o reconhecimento e buscando o belo e a harmonia nas pessoas. Possui uma facilidade enorme de conquistar as pessoas e de seduzir o sexo oposto, estando sempre à procura de uma grande paixão.
No amor, é fiel e dedicado, embora um tanto desconfiado. Quando se apega demasiado a uma pessoa, acaba criando uma dependência quase mórbida, que o torna ciumento e possessivo, incapaz de ver os aspectos positivos da relação. O medo de ser desprezado ou abandonado o aterroriza.
Espalha optimismo, mantendo sempre em evidência sua popularidade. Hospitaleiro e cordial, sabe receber como ninguém, preocupando-se com o bem estar dos convidados. Sabe pesar muito bem os prós e os contras, antes de chegar a uma conclusão ou de tomar um partido.
O nativo de Cão é acima de tudo leal, quando encontra um objecto ao qual se dedicar, não espere nada mais do que dedicação. São também ansiosos por natureza, pois tentam fazer de tudo da melhor forma possível, e da maneira mais honesta. Geralmente não exige demais para si, mas protege o interesse daqueles a quem ama de forma ferrenha.
O Cão não deserta facilmente, e é excessivamente franco e directo podendo chegar a ser rude. Tem um forte senso de imparcialidade e inspira confiança aonde quer que vá. Tem fama de ser cínico, mas isso se deve a sempre falar o que pensa.
O Cão não se preocupa muito com dinheiro, mas se por ventura precisar conseguir não teme o trabalho e sempre sabe como consegui-lo. Mesmo quando parece estar animado, o Cão é um pessimista. Mas é perspicaz e tem uma mente estável, sendo assim um bom conselheiro. Cão tem muitos interesses, mas prefere se especializar, e ir a fundo em um deles, a ficar na superfície de todos.
A mulher Cão
A mulher do ano do Cão tende a ser gentil e afável com os outros. Mas também tem um temperamento mais explosivo que o dos homens. Com tempo, com um pouco de paciência, ela geralmente consegue conquistar muitos amigos.
A nativa de cão é uma pessoa de temperamento inquieto cuja principal característica é a de inspirar confiança nos outros. Ela fá-lo por merecer, pois sua lealdade e devotação pode ir até aos extremos. Outra característica é o seu senso de justiça, de dever e de solidariedade com as causas humanitárias. É generosa e moralista. Não cobiça riquezas materiais e vida mundana, mas é capaz de prover o seu sustento e o da sua família na medida do necessário. Os nascidos de cão não são ambiciosos nem muito eloquentes. Preferem uma vida pacata em que possam desenvolver suas habilidades e criatividade. As actividades mais condizentes com seu temperamento são as de educadora, sindicalista, ou trabalho na indústria. Não são recomendadas actividades como política, marketing ou propaganda. No campo sentimental, as nativas de Cão são parceiras leais e honestas. Poderá ter problemas por excesso de timidez e rotina.
O Homem Cão
Do horóscopo chinês é quem mais se faz amar. Abençoado com uma mente poderosa e inteligente, no entanto, tem pouca paciência para os dilemas. Na sua visão é tudo recto e branco. Apesar de parecer uma visão um pouco simplista, é uma astuto juiz de carácter e um dos mais leais. Até quando está super irritado, é uma criatura adorável, embora um pouco intratável.
Nobres criaturas, corajosos e modestos, eles conseguem aliar a docilidade ao gesto altruísta, sabedoria ao viver o quotidiano. As primeiras impressões realmente contam para esse signo, e admitam ou não, estão sempre rotulando todos os que conhecem em bons e maus, amigos e inimigos, personalidades sérias ou não. Você pode ter certeza, uma vez que o Cão tenha pronunciado o seu julgamento, será extremamente difícil fazê-lo mudar de ideia. Não importa a rapidez com que possa tirar conclusões a seu respeito, você levará muito tempo até conseguir entendê-lo.
O Cão é um signo altamente verbal e tem uma das línguas mais afiadas do calendário chinês. O Cão não fica bravo por muito tempo e nem odeia para sempre. Este não é um signo materialista. Embora goste de conforto, é muito mais preocupado com os problemas dos desabrigados do que seguir tendências da moda. O problema é que fica tão ocupado salvando os outros e se dedicando a diversas causas que se esquece de cuidar de si mesmo. Deixa de lado os seus próprios interesses e, quando percebe que foi traído ou passado para trás por pessoas sem carácter, fica surpreso e magoado.
São animados, amigáveis e muito atraentes fisicamente e de um modo totalmente acessível. São aquelas pessoas que os outros querem tocar e corresponder com demonstrações físicas de afeição. O Cão permanece sempre independente, mas nunca sairá por aí, muito longe de casa. Profundamente fiel àqueles que ama, ele é de uma tal maneira cego para os erros dos outros, que chega a ficar com essas pessoas por muito tempo depois do objecto da sua devoção ter provocado ser completamente indigno.
Os Cães não abandonam as suas causas facilmente, mas raramente o demonstram. De facto eles podem parecer até imunes às emoções humanas mais baixas. Malícia, mesquinhez e ciúmes estão abaixo da dignidade. O Cão prova o seu amor com o tempo, os seus compromissos são formados na base do dia-a-dia.
Saúde
Sistema nervoso e as extremidades dos membros inferiores.
Virtudes
Inteligência, moralidade, responsabilidade, constância, senso e habilidade artísticas altamente desenvolvidos, apreço pela justiça, além de um espírito pacífico e ordeiro, respeitador das leis fazendo com que seja uma pessoa ambiciosa, que atrai dinheiro, charmosa, justa, refinada, respeitando a opinião pública. Defeitos
São frequentes as crises de pessimismo e de nervos, pela própria natureza do signo, além de depressão e impotência diante das próprias ambições. Crises nervosas, fazendo com que deteste criticas, intolere a agressividade, tendo um grande desejo de felicidade e harmonia, fazendo com que varie o seu estado de humor.
Personalidades Cão
Brigitte Bardot, David Bowie, Naomi Campbell, Petula Clark, Zsa Zsa Gabor, Ava Gardner, Michael Jackson, Sophie Loren, Shirley MacLaine, Madonna, Liza Minnelli, David Niven, Elvis Presley, Claudia Schiffer, Slyvester Stallone, Sharon Stone.
ANO NOVO CHINÊS
O ano de 2006 será o ano chinês do cão do fogo.
O dia de Ano Novo será 29 de Janeiro de 2006, pois corresponde ao primeiro dia do calendário lunar (Lua Nova).
De acordo com os registos, será o ano 4703 chinês, pois a origem do calendário está baseado na data da ascenção do primeiro Imperador da China - o Imperador Amarelo.
No calendário chinês, cada ano é dedicado a um dos doze animais que responderam ao apelo de Buda. Conta a lenda que Buda decidiu reorganizar a nação e marcou uma reunião com o reino animal. Contudo, apenas 12 animais (rato, boi, tigre, coelho, dragão, cobra, cavalo, cabra, macaco, galo, cão, porco) compareceram. Então Buda honrou-os atribuindo um ano de acordo com a ordem da sua chegada. Assim, o ano assumiria as características do animal. Além do tipo do animal, o ano chinês combina também os cinco elementos (Madeira, Fogo, Terra, Metal e Água) e o estado de Yin ou Yang.
O ano de 2006 será o ano do Fogo. O Ano Novo chinês, tal como o Ano Novo ocidental, é um período que marca a mudança. É um período importante para as reuniões familiares e visitas aos amigos e parentes. Este período realça, mais do que qualquer outro no calendário chinês, a importância das ligações familiares. O jantar de Ano Novo em família é de extrema importância e, de acordo com a tradição, mesmo que a pessoa não possa comparecer, é mantida a sua cadeira simbolizando a sua presença. A comida deve ser preparada dias antes e em grande abundância: peixe simbolizando a unidade, galinha simbolizando prosperidade, pudins de arroz gelatinosos, zong zi (arroz gelatinoso envolvido em folhas de bambu), man tou (pão cozido com vapor), entre muitas outras iguarias... As casas ficam decoradas com lanternas vermelhas, flores e frutas...
São geralmente partilhados presentes entre os familiares, amigos e conhecidos - geralmente chá e frutas. As crianças e jovens recebem geralmente um envelope vermelho Lai-See contendo dinheiro para boa fortuna.
A Astrologia Chinesa tem uma orientação lunar e um ciclo de doze anos. O ano chinês inicia-se na primeira Lua Nova do ano e tal data pode variar entre os meses de janeiro e fevereiro. Cada ano é regido por um signo animal, que exerce influência nos indivíduos nascidos nesse período.
JOHANNES WOLFGANGUS MOZART
Mozart nasceu em 27 de Janeiro de 1756, em Salzburgo, e foi baptizado um dia depois de nascer, na catedral de São Rupert, em Salzburgo como Johannes Chrysostomus Wolfgangus Theophilus Mozart. Se o baptismo costuma ser definitivo para a maior parte dos casos, Mozart passou a vida a mudar a forma como se chamava e a forma como era chamado pelos outros.
Os dois primeiros nomes de baptismo recordam que o seu dia de nascimento, 27 de Janeiro, era o dia de São João Crisóstomo. "Wolfgangus" era o nome do seu avô materno. "Theophilus" era o nome do seu padrinho, o mercador Joannes Theophilus Pergmayr. Mais tarde, o seu pai reduziu "Wolfgangus" para "Wolfgang" e retirou o "Johannes Chrysostomus."
Mozart continuou, mais tarde, a fazer modificações no seu nome, em especial o nome do meio, "Theophilus" que significa, em grego, "Amigo de Deus". Só em raras ocasiões usou a versão latina deste nome, "Amadeus", que hoje tornou-se a mais vulgar. Preferia a versão francesa Amadé ou Amadè. Usou também as formas italiana "Amadeo" e alemã "Gottlieb".
Mozart era um exímio pianista, podendo ser considerado o primeiro virtuoso da história deste instrumento. Ele adorava se apresentar em público exibindo seus dotes de pianista e, nos seus últimos anos em Viena, esta era uma de suas principais fontes de renda. Os concertos para piano e orquestra de Mozart foram escritos - com algumas exceções - para serem tocados em público pelo próprio Mozart. Não é de surpreender, portanto, que haja tantas obras primas entre os concertos para piano de Mozart. Alguns pensam que a melhor música de Mozart está nos concertos para piano. Outros pensam que está nas óperas. Esta disputa não termina nunca, mas uma coisa é certa: nenhum outro compositor compôs tantos concertos para piano quanto Mozart, e ninguém o superou neste gênero. Em 1998, tive o privilégio de visitar Salzburg.
Adorei toda a bela cidade, não podendo deixar de entrar no Museu de toda a obra de Mozart, seguindo depois para a verdadeira casa onde ele nasceu e viveu:
O terceiro andar da casa onde nasceu, a 27 de Janeiro de 1756, no coração da já mencionada Getreidegasse, é visitado anualmente por milhares de curiosos e amantes das suas composições, ávidos por descobrir os segredos da atmosfera que inspirou Mozart desde a mais tenra idade. No entanto e à excepção dos primeiros violinos que tocou em criança e de alguns retratos, pouco mais sobreviveu dos 26 anos vividos pela família Mozart nesta casa. Em 1985, a Fundação Mozarteum viria a adquirir o apartamento dos vizinhos, para ali recrear com mobílias da época, um quarto típico do tempo da burguesia de Salzburgo, que também pode ser visitado.
Na Makartplaz, situa-se a casa onde Mozart viveu entre 1773 e 1781, no regresso dos seus périplos pelas cortes da Europa e antes de se mudar para Viena. Ali compôs inúmeras sinfonias, serenatas e cinco concertos para violino e piano. No primeiro piso, poderá admirar o último piano-forte tocado por Mozart (e mais tarde oferecido pelo seu filho Carl Thomas à Fundação Mozarteum) e mais alguns instrumentos de época, bem como um extenso acervo documental sobre as viagens e obras do genial compositor. Infelizmente, nem uma partitura original! Apenas fac similes... Por último, não perca a estátua de Mozart, do escultor alemão Ludwig Schwanthaler, no alto de um pedestal erguido 50 anos depois da sua morte (ocorrida a 5 de Dezembro de 1791), na Mozart Platz, naturalmente.
A ROTA DA VIDA
- Desculpe, sabe-me dizer qual é o caminho para a Felicidade? - Ora essa! Claro que sim! Está a ver este caminho? É sempre em frente! Não tem nada que enganar!
E assim me pus a caminho. A viagem era longa. A pequena estrada seguia até se perder de vista. A paisagem era quase desértica, alguma vegetação rasteira aqui e ali, uns pequenos montes ao fundo. E caminhos, centenas de caminhos como aquele que eu seguia. Alguns quase paralelos ao meu, que só no horizonte se desviavam, muitos deles que se cruzavam no meu caminho e continuavam em linha recta. De vez em quando ouvia vozes e avistava alguém. Eram pessoas em caminhos diferentes do meu. As perguntas que faziam eram todas iguais, e as respostas eram sempre as mesmas:
"É sempre em frente! Não tem nada que enganar!"
E lá seguiam eles os seus caminhos. Às vezes cruzávamo-nos e ficávamos a conversar. Grandes coisas aprendi nessas conversas. Foi numa delas que entendi a preocupação de um homem que construía um barco à beira-mar em vez de seguir o seu caminho como todos os outros. Era o caminho dele que, seguindo em linha recta, chegava à praia e continuava mar fora. Ao saber que o homem tinha de construir o barco simplesmente para seguir o seu caminho e encontrar a sua Felicidade, compreendi que o caminho para a Felicidade não estava isento de dificuldades.
Foi a pensar nisso que, em certo ponto da minha viagem, avistei uma montanha à minha frente no horizonte. Não sendo mais que um pequeno monte a princípio, rapidamente se tornou grande e majestosa. Parecia excessivamente cónica, poucos caminhos passavam por ela, como se ela tivesse sido lá posta especialmente para mim.
Uma pequena área branca de neve distinguia-se no topo.
Era alta e íngreme, e estava mesmo no meio do meu caminho. Ao chegar à base da montanha, vi algo que nunca tinha visto antes. O meu caminho, que subia até ao topo da montanha, cruzava-se com outro que estranhamente não era em linha recta, mas antes contornava a base da montanha em todo o seu perímetro. Era claramente uma alternativa ao meu caminho: podia facilmente seguir pelo caminho alternativo e voltar a encontrar o meu caminho do outro lado. O caminho era seguramente mais fácil, mas isso não me impedia de sentir algum receio em relação a ele. A minha preocupação aumentava à medida que a montanha crescia à minha frente.
No cruzamento dos dois caminhos parei e deixei o tempo passar. Era facto indiscutível que, embora toda a gente soubesse que o caminho para a Felicidade seguisse em linha recta, ninguém sabia quando ele chegava ao fim. A Felicidade só se encontrava quando se estava lá. Podia ser em qualquer lado: no deserto, no meio do mar, numa gruta subterrânea, no topo de uma montanha. Olhei bem para ela: era mais alta e mais íngreme do que eu alguma vez tinha imaginado. Pouco tempo antes, quando subira um pouco para a testar, tinha caído redondamente no chão, exactamente no meio do cruzamento. Por outro lado, arriscava-me a perder-me da Felicidade para sempre e a viver com os remorsos disso se fosse pelo caminho alternativo. O dilema assombrava o meu cérebro e parecia não dar sinais de acabar. Foi ainda a medo que, muito mais tarde, tomei a decisão. Olhei com pena para o caminho que deixava para trás, levantei-me e pus-me a andar. Mais tarde, quando começava a descer com o topo da montanha atrás de mim, encontrei, exactamente na outra junção dos dois caminhos, uma pequena mas agradável aldeia.
E sorri com satisfação.
MATCH POINT - WOODY ALLEN
Mas Chris pode cair em tentação com a bela namorada também plebeia de Tom, uma americana aspirante a actriz que transpira sensualidade. Match Point
Paixão. Tentação. Obsessão.
"Match Point" é a história de um jovem, da sua ascensão na sociedade e as terríveis consequências da sua ambição. No meio de duas mulheres, o protagonista, sem saída, recorre a medidas extremas.
O elenco é todo inglês e o ambiente gira em torno da classe alta inglesa, com Scarlett Johansson no papel da bela rapariga americana que interfere entre Jonathan Rhys Meyers e a sua mulher Emily Mortimer. Matthew Goode é o abastado irmão de Emily, que inicia os eventos trágicos.
O último filme de Woody Allen não tem Woody Allen como protagonista nem tem Nova Iorque como cenário.
Chris é um jovem professor de ténis que sonha pertencer à alta sociedade britânica. Sonho esse que começa a tomar forma quando um dos seus alunos, Tom, o apresenta à família, aos pais e à irmã, que ficam fascinados com o seu gosto pela ópera e pelas artes. Mas Chris pode cair em tentação com a bela namorada também plebeia de Tom, uma americana aspirante a actriz que transpira sensualidade. Entre as duas mulheres, Chris terá de recorrer a medidas extremas para não perder tudo o que construiu.
“O mais inteligente filme de Woody Allen dos últimos 10 anos” - Time Magazine“Johansson é formidável... O melhor filme de Woody Allen de anos…. Saboreie-o” - Peter Travis, Rolling Stone“Uma maravilhosa social e romântica comédia dramática... O elenco é formidável” - Tood Mccarthy, Variety.com “...um inteligente diálogo e inesperados momentos de uma história engenhosa” - Jeremy Mathews, filmthreat.com “Johansson oferece essência e carisma... sim, ela é muito, muito sensual” - Andy Jacobs, BBC.com“É uma agradável surpresa encontrar uma jóia como Match Point” - James Berardinelli, movie-reviews.colossus.net
Realização: Woody Allen
Com: Scarlett Johansson, Jonathan Rhys-Meyers, Emily Mortimer, Matthew Goode, Brian Cox, Penelope Wilton
Site Oficial: Match Point
Género: Drama/Romance
Distribuição: Lusomundo
Reino Unido, 2005
124 min
Ontem foi dia de...BTL e CINEMA
Pois é, concretizada outra visita à BTL, anualmente não perco esta Feira, da forma que sempre faço, palmilhar os 4 pavilhões, desta vez devido aos meus fracos recursos de saúde, tive que parar a meio do pav. 2 e ficar sentada, a recuperar energias, pois senti-me mal...no entanto, terminada a visita, regresso sempre carregada com kilos de panfletos, que irão servir de informação para futuras férias ou mini-férias cá dentro de Portugal ou, mesmo lá por fora. É um engano quem pense que a BTL só serve para ir para fora de Portugal...há sugestões para tudo, uma das que me interessou foi «Termas» e há várias à escolha, dentro do Portugal pequenino. Não haja duvidas, que os pavilhões que mais se destacavam, pela sua grandiosidade, em todos os aspectos eram os da Espanha e os do Brasil.
Mas...terminada a visita, à FIL, decidi ir ao cinema, um dia em cheio, um pouco de tudo do que mais gosto.
E, que filme, escolher?
BOLSA DE TURISMO DE LISBOA
Para quem «adora viajar» como eu, qual o local mais indicado para visitar neste sábado? Lógico que a BTL...lá estarei. Todos os anos lá vou, venho sempre carregada para casa com panfletos, cartazes, calendários, programas, preços, sei lá que mais...tudo que tenha a ver com as viagens através do Mundo.
E, para este sábado, a programação é a seguinte:
Dia 21/01 - Animação nos Stands
Grupo Estoril – Sol Stand nº 1C04
Todo o dia
No espaço do stand estarão representados os 3 Casinos do Grupo (Casino Estoril, Casino da Póvoa e o novo Casino Lisboa). Diversas animações desde, bar aberto, às já habituais slot machines, mesas de jogo (roleta e blackjack) e de hora a hora (ao ecoar um gongo) exibição de números vanguardistas de inspiração circense.
Embaixada da África do Sul Stand nº 3C13
Todo o dia
Presença permanente no stand de uma artesã de missangas
Câmara Municipal de Coimbra Stand nº 2C09B
Todo o dia
Passatempo “Conhecer Coimbra”
16h00/17h00
Dixie Gringos
Câmara Municipal de Ílhavo Stand nº 2C18
Todo o dia
Exposição de Bacalhaus
A exposição “Bacalhau com Todos” que a Câmara Municipal de Ílhavo organiza e apresenta, constitui uma aposta diferente na promoção dos valores da nossa tradição e das capacidades dos nossos artistas.
Câmara Municipal de Vidigueira Stand nº 2B42A
A partir das 18h00
Grupo Coral “Amigos da Vidigueira”
Mostra de Laranjas e Pão da Vidigueira
FTM – Fundão Turismo Stand nº 2E03A
Chocalhos 2006
18h00
Mostra de Produtos – Queijos (Beiralacte) e Enchidos (Jorge Almeida) / Vinho (Adega Cooperativa do Fundão (Alpedrinha)
Ocaia – Musica Tradicional dos Pastores
Filme – Gardunha Viva
Açores Grupo Central Stand nº 2C08
16h00
Provas de Gastronomia
17h00
Acção Peter’s Café – Oferta de Voucher’s de Gin
Região de Turismo da Costa Azul Stand nº 2D04
16h00/16h30
Actuação Grupo Costa Azul (C.M. Grândola)
17h00/19h00
Animação – Grupo Fã da Vida (C.M. Barreiro)
19h00
Mostra de Doçaria (C.M. Alcochete / C.M. Barreiro)
21h30
Actuação Grupo Nova Galé (C.M. Sesimbra)
Câmara Municipal de Sesimbra Stand nº 2B22
21h30/23h00
Grupo Recreativo Escola de Samba Trepa no Coqueiro / Grupo Recreativo Escola de Samba Dar que Falar
Animação Palco (Pav. 4)
14h00/15h00
Rancho Folclórico de Paredes do Bairro – Junta de Turismo da Cúria / Câmara Municipal de Anadia
15h00/16h00
Grupo de Cantares Pena Alba / Prova de Vinho do Dão de Penalva do Castelo
16h00/16h30
Teemayo Traditional Dance Group – Grupo Sul Africano
17h00/18h00
Grupo Coral Clave de Sol
18h00/18h30
Orquestra Lig. da Sociedade Filarmónica Boa União Montelavarense – C.M. Sintra
18h30/19h00
Teemayo Traditional Dance Group – Grupo Sul Africano
19h00/20h00
Rancho Folclórico Vilarinho do Bairro–J. Turismo da Cúria / C. Municipal de Anadia
20h30/21h30
Elmasseri Group – Danças do Ventre / Dança Folclórica Egípcia
21h30/22h30
Rancho Folclórico de Cabeço de Vide – C.M. de Fronteira
23h00/24h00
Orquestra Ligeira Selecção
Área Exterior Pav. 3 e 4
Exposição Fotográfica sobre a Antárctica
Dinamização de um baixo assinado pela assinatura de Portugal ao Tratado da Antárctica.
Organizador: Viagens Fim do Mundo - www.fimdomundo.com
Cada vez mais a saúde está no topo das nossas prioridades, que não seja através da ingestão dos habituais medicamentos. Novas alternativas se desenvolveram, aparentando formas de tratamento mais saudáveis e confortáveis, originando novas necessidades bem como novas oportunidades de negócio num sector que, a passo e passo tem vindo a diversificar a sua oferta às mais variadas faixas etárias.
A BTL proporciona-lhe o contacto diversificado, com uma infinidade de potenciais consumidores.
A pedido de....
Talvez por teimosia minha ou, quem sabe, atrevimento, vou falar mais um pouco deste filme, a pedido do Diafragma e, pelo facto da Isabel Filipe ter mostrado interesse no filme. Acontece Isabel, que este filme já esteve em exibição há alguns anos, não é de agora, talvez em DVD o consigas ver.
Alguns flashbacks poderão ajudar a entender melhor o filme, Diafragma, espero que consiga o que pretendes:
«Mulholland Drive» funciona, desde modo, em dois níveis.
O da forma e o do seu conteúdo. Por um lado, como um sonho, desfilando imagens e sons interligados sem lógica aparente, com uma ligação fugaz à realidade, ao que vivemos durante o dia; por outro, com uma trama “convencional”, adensando-se ao longo de dois terços do filme e com uma resolução não completamente clara. Lynch continua a revelar-se um mestre da manipulação sensorial, um mago da narrativa não-linear, que consegue, como ninguém, levar as câmaras até aos mais obscuros corredores da mente humana.
“Betty” chega a LA e afirma encontrar-se num local de sonho, a câmara deixa-se cair contra o travesseiro e, mais tarde, entramos na crua realidade quando o cowboy afirma explicitamente ser tempo de acordar. Por aqui se poderia concluir que neste segmento está contido o sonho de Diane. Posteriormente, somos confrontados com a realidade: Diane é conduzida numa limusina pela Mulholland Drive (o início da tentativa de homicídio de Camilla), na festa vê uma série de pessoas que assumem papéis diferentes no sonho (o cowboy, a senhoria, na verdade mãe do realizador, a actriz que numa audição assume o nome de Camilla Rhodes, etc.) O realizador também conta, divertido, o facto da mulher o ter trocado pelo homem da piscina, uma cena “dramatizada” por modo a humilhá-lo totalmente. Quando contrata o assassino, Diana vê um livro em cima da mesa, integrado numa cena que mostra um dos seus “trabalhos” anteriores; no café vê o homem que sonha com um monstro nas traseiras; a empregada de mesa chama-se Betty, nome apropriado por Diane no sonho, onde a empregada, por sua vez, se chama Diane, um nome que soa familiar a Rita e que precipita a resolução da investigação; a mala com dinheiro, que aparece na posse da amnésica “Rita”, passa para as mãos do assassino, que diz que entregará uma chave quando o trabalho estiver concluído – a chave abre a caixa azul, que marca o regresso à realidade, com a constatação de que Camilla está morta.
Um dos momentos mais fulgurantes do filme, ocorre quando o circulo ameaça fechar-se precocemente, quando Betty e Rita encontram o cadáver de Diane (isto é, a verdadeira Rita), a qual veremos mais tarde a dormir na mesma posição. Enquanto fantasia, Diane descobre-se a si mesma, sem que, no entanto, tenha ainda consciência desse facto, ao mesmo tempo que é já atormentada pela “solução” final – pôr termo à própria vida.A vizinha de Diane leva um cinzeiro, que estava em cima da mesa da sala, e uma caixa com pratos. Em cima da mesa está uma chave azul. O assassino disse que a entrega da chave representaria a confirmação do serviço contratado, i.e., a morte de Camilla. A vizinha refere que dois detectives voltaram a procurar Diane, o que significa que querem interrogá-la sobre a morte ou talvez tão só sobre o desaparecimento de Camilla. Depois da vizinha sair, Diane prepara um café. Momentos depois, vê Camilla à sua frente - com o vestido que usava na noite em que declarou o final da relação -, mas trata-se de uma alucinação da sua mente debilitada e dura apenas alguns segundos.Antes de Camilla sair, há um flashback dentro do flaskback, que nos leva até ao local da rodagem de um filme, onde vemos como Camilla mantém paralelamente - ou inícia alí - uma relação com Adam Kesher. Também é clara a sua satisfação em fazer Diane sofrer, insistindo para que ela assista ao "ensaio". O seu comportamento durante o jantar, quando "flirta" com Kesher ou com a outra mulher, vem reforçar o sadismo de Camilla. A relação com Adam Kesher poderá ser menos relevante do que se sugere; tanto quanto sabemos pode-se tratar de um simples esquema de Camilla para repelir Diane (sugerem um casamento e, no momento seguinte, ela beija outra mulher) ou parte de um jogo de tortura psicológica que talvez já levasse a cabo no decorrer da relação, e do qual a primeira cena, no estúdio, poderia fazer parte. Tanto Diane como Camilla surgem com personalidades radicalmente diferentes de Betty e Rita, algo muito bem vincado pelo bom trabalho das actrizes, em particular de Naomi Watts.
Ainda no flashback, vemos Diane receber uma chamada para sair para a festa na casa de Adam Kesher. O telefone, o candeeiro vermelho e os cigarros apagados no cinzeiro, são idênticos aos que vemos durante o sonho, no final dos telefonemas em cadeia a informar que “a rapariga” continua desaparecida, indicando a responsabilidade de Diane no destino da desaparecida. O flashback acaba com Diane, sentada no sofá, a olhar para a chave azul em cima da mesa, onde já não se encontra o cinzeiro em forma de piano. Ela está vestida com o roupão branco, sendo assim claro que estamos de volta ao presente.
Assim se pode concluir que o presente narrativo em «
Mulholland Dr.» se reduz a duas cenas: quando Diane acorda e quando Diane morre. O “silencio” final assinala a necessidade de enfrentar o mundo real e a responsabilidade pelos actos cometidos.
MULHOLLAND DRIVE - David Lynch
Mulholland Drive/Mulholland Dr. Realizado por David Lynch França/EUA, 2001
Com: Justin Theroux, Naomi Watts, Laura Elena Harring, Ann Miller, Dan Hedaya, Mark Pellegrino, Brent Briscoe, Robert Forester, Katharine Towne, Lee Grant
Rita (Harring), procura a memória perdida, ao mesmo tempo que tenta perceber porque é que alguém anda à sua procura, com intenções de a matar. Betty (Watts), uma jovem mulher recém-chegada a Los Angeles, com intenções de se estabelecer como actriz, vai ajudá-la na investigação.
Adam Kesher (Theroux) é um realizador de cinema a quem é imposta uma actriz para o papel principal do seu novo filme. A recusa tem consequências drásticas no seu bem-estar físico e económico. Mistérios insondáveis da mente humana – de Lynch ou de uma das suas personagens – envolvem o principal fluxo narrativo, adicionando ingredientes como um estranho cowboy, um night-club que, numa aparente redundância, encena o artificial ou sonhos de outrem, sobre o terror escondido nas sombras das traseiras de um café.
As primeiras ideias sobre a decisão de David Lynch:
«Mulholland Dr.» foi concebido como um episódio piloto de cerca de duas horas, destinado a ser exibido pela cadeia norte-americana ABC, no Outono de 1999. Lynch resistiu o que pode, mas concluiu que o “controle criativo” que lhe era atribuído por contracto, vinculava a produtora, mas não a ABC, a qual poderia recusar o produto ou exigir alterações. Na prática, não detinha o “final cut”. Assim, mesmo depois do realizador efectuar uma montagem em que sentiu estar a trair a sua obra – consolado com a recuperação do material extirpado no desenvolvimento da série – a ABC viria a rejeitar o piloto, considerando eventualmente transformá-lo num telefilme, além de o projectar em salas de cinema europeias (algo que estava previsto inicialmente no contrato).
O descalabro do projecto ocorreu por altura da exibição de «The Straight Story» (1999) em Cannes. Os produtores franceses desse filme, Alain Sarde e Pierre Edelman, viram o piloto de “Mulholland Drive” e quiseram transformá-lo num filme, reunindo para tal mais 7 milhões de dólares. Sob a asa da Studio Canal, que adquiriu os direitos, Lynch revisitaria a história dois anos depois, acrescentando cenas, voltando a filmar outras e concebendo uma conclusão inteiramente nova. O filme estreou nos EUA distribuído pela Universal.
Apesar dos contratempos em redor da criação de «Mulholland Dr.», o objecto finalizado para projecção em salas de cinema não denota a existência de quaisquer espécie de “remendos”. O estilo narrativo de David Lynch, fundado numa lógica que se recusa a distinguir o real do imaginado, aliado a uma estrutura que subverte a lógica linear temporal, polvilhado por flashbacks e flashforwards, visões, pesadelos, sonhos dentro de sonhos e abstracções sem aparente resolução, mostrou ser o ideal para tal conversão.
O levantar pleno da cortina também pode não ser desejável, pois o realizador prefere despejar pistas atrás de pistas, para que o espectador as recolha e tente formar a sua própria visão (coerente?) dos acontecimentos. No final, em vez de clarificar, Lynch deixa-nos a reflectir sobre o que vimos, enquanto tentamos amarrar o maior número de pontas soltas.
KIRSTEN DUNST - símbolo de Hollywood
«HOMEM ARANHA 2»
«VIRGENS SUICIDAS»
No ano passado, Kirsten Dunst, com apenas 23 anos, sentiu que estava em plena montanha-russa emocional. A determinada altura, pensou que a relação com o actor Jake Gyllenhaal era a melhor coisa da sua vida. Então, enquanto promovia Homem-Aranha 2, ela e Gyllenhaal romperam depois de Kirsten ter descoberto que Jake tinha andado a traí-la. Porém, hoje estão de novo juntos. Ela acredita que conseguiu pôr a vida em ordem e está particularmente satisfeita com o seu trabalho no novo filme de Cameron Crowe, Elizabethtown.
Elizabethtown é o primeiro filme de Crowe depois de Quase Famosos, um filme muito aplaudido pela crítica, e desenrola-se tendo como pano de fundo uma pequena cidade do Kentucky. Orlando Bloom é um designer fracassado que regressa a casa para ir ao funeral do pai e que, no caminho, conhece e se apaixona por Claire (Kirsten Dunst), uma cativante assistente de voo. A harmonizar a efervescente, alegre e surrealista abordagem do filme, Crowe mantém o ritmo frenético desta dança romântica com uma pesada selecção de música que transforma Elizabethtown numa cassete de mistura de música e imagens.
Entretanto, a actriz, de 23 anos, começou recentemente as filmagens em França para o drama de época, Marie-Antoinette, onde desempenha o papel da própria Maria Antonieta.
Kirsten, fale-nos um pouco sobre Elizabethtown?
Foi uma das melhores experiências que tive no que diz respeito a filmes. O ambiente era excepcional. Cameron é um homem interessantíssimo e um excelente realizador, e ficámos todos fascinados com o tipo de intensidade que ele queria dar ao filme.
Disse-nos também a forma como queria inserir muita música e tentar algo diferente na forma de contar uma história. É realmente especial e penso que Orlando (Bloom) tem também um excelente desempenho. Como é a sua personagem?
Claire é dinâmica e franca. Diz o que tem na cabeça e é muito desinibida na sua forma de estar com as pessoas e também na forma como vê o mundo. Não imagina como foi libertador e estimulante para mim enfiar-me na cabeça dela. Adorei tentar captar a percepção dela e ela ficou comigo ainda durante bastante tempo.
A Kirsten é normalmente mais séria e solene em relação à vida?
Solene, não sei, mas às vezes consigo ser intensa e séria. Por vezes deixo que as coisas me perturbem, quando o que eu devia fazer era não ligar e não pensar demasiado nas coisas nem analisá-las até à exaustão. Portanto, o que eu consegui retirar do facto de ter desempenhado o papel de Claire foi a alegria de viver que ela possui e o não deixar que os problemas comuns da vida a abatam. Levei essa lição muito a sério.
Como é que foi trabalhar com Orlando Bloom?
Ele é muito, muito talentoso, e empresta imensa sensibilidade ao seu papel que era de facto muito mais difícil do que o meu. Eu acabo por me divertir imenso e a personagem dele tem de lidar com uma série de questões mais sérias e é um pouco sombrio. Isso é contrastante e é interessante ver como estas duas pessoas estão ligadas de várias maneiras e que espécie de jornada encetam juntos, ou não... [Ri]
O que é que acha que as pessoas que vêem Elizabethtown vão concluir?
Talvez que a vida oferece perspectivas diversas e que no meio de muita tristeza e caos pode haver sempre coisas que nos façam sentir bem e que as devemos agarrar. Cameron é um homem brilhante e de uma imensa sensibilidade, além de que tem um fantástico sentido de humor. Os filmes que realiza reflectem a sua maneira de ser e de sentir o mundo. Adorei Quase Famosos. Era muito comovente e belo na forma de as personagens se expressarem e no modo como evoluíam. Este filme é diferente, mas não deixa de se sentir a sensibilidade e aquele toque romântico verdadeiramente maravilhoso.Muitos dos realizadores e actores com quem trabalhou no passado dizem que possui um lado negro ou uma intensidade que transparece na superfície…Penso que isso é verdade. Pareço uma pessoa muito comum mas, provavelmente, dentro de mim passam-se muito mais coisas a nível emocional e psicológico do que se imagina. E eu tento usar isso no meu trabalho porque acho fascinante ver os actores que são capazes de arrastar as pessoas para dentro do seu trabalho e surpreenderem-nas com o que está subjacente É sempre interessante descobrir diferentes camadas psicológicas nas pessoas.
Cresceu em Nova Iorque onde a sua mãe lhe fez um contrato com a Agência de Modelos Ford quando tinha apenas três anos! Antes de completar 10 anos já tinha feito mais de 70 anúncios na TV. Enquanto criança como é que foi esse tipo de vida?
A minha infância foi uma roda-viva. A minha mãe apoiava-me imenso e ajudou-me a conseguir trabalho sem me empurrar de uma forma negativa. Nunca me lembro de ter sido pressionada para ir a audições nem para fazer os anúncios. Era sempre aquela coisa divertida que partilhávamos uma com a outra quando eu estava a crescer. As coisas mudaram um pouco na minha adolescência. Sentia-me um pouco isolada dos outros miúdos da minha idade porque já tinha feito imensos trabalhos e tinha uma perspectiva da vida totalmente diferente.
É ainda muito nova mas os críticos já se aperceberam que possui um certo desgaste, se não mesmo tristeza em relação ao mundo e que transparece nas suas representações...
Eu tenho, de facto, esse lado que suponho que transpira de alguma forma para o meu trabalho. Mas acho que isso é bom. Na realidade, actualmente sou bastante positiva em relação à vida. Nem sempre fui assim em adolescente. A tristeza, uma certa melancolia, o sentir algum conflito em relação à vida que tenho são características reais que, penso, podem conferir um pouco mais de profundidade ao meu trabalho e que o público provavelmente sente isso mesmo quer se esteja a representar tipos de personagens mais leves ou mais felizes.
Na sua carreira também existe um ou outro papel mais sombrio, como em Virgens Suicidas, misturado com o trabalho para os grandes estúdios, como os dois Homem-Aranha e o seu papel do ano passado em O Despertar da Mente. Que tipo de filmes prefere?
Procuro papéis que sejam interessantes e que me tragam a oportunidade de ser mais do que apenas a ‘namorada’ e de ser de algum modo mais independente. Vou também tentar participar naqueles filmes que ao longo do tempo têm sempre um significado e não apenas nos que são esquecidos. Toda a gente enfrenta a mesma contradição – tem de se fazer filmes que atraiam grandes audiências e, ao mesmo tempo, filmes que sejam satisfatórios do ponto de vista artístico.
Disse, no passado, estar a passar por alguns momentos difíceis. Acha complicadas as relações entre as pessoas?
Depende da relação! [Ri] Por vezes é muito difícil encontrar o que se procura quando se está com alguém porque nós próprios nem sempre sabemos o que queremos ou o que precisamos até encontrarmos. Mas hoje sinto-me feliz!
O que é que dantes corria mal na sua vida?
Cometi alguns erros com algumas das escolhas de filmes que fiz e aprendi a não me deixar levar por outras pessoas para determinadas direcções. Todavia, gostei imenso de fazer Virgens Suicidas e estou contente por O Amor é um Lugar Estranho ter sido para Sofia (Coppola) um grande sucesso. Por isso é que estou tão contente em estar de novo a trabalhar com ela (em Marie-Antoinette).
Como é que é fazer o papel de Marie Antoinette?
É uma experiência bastante estranha mas adoro poder estar a trabalhar na Europa e de passar muito tempo em Paris. Não tenho tanto a certeza de que a crítica francesa vá gostar muito do que estamos a tentar fazer com esta história!
A carreira
2006 Em Marie-Antoinette, filme actualmente em rodagem, a actriz desempenha o papel da lendária rainha francesa Maria Antonieta, um filme realizado por Sofia Coppola.
2005 Em Elizabethtown, é Claire Colburn, uma assistente de bordo por quem Orlando Bloom se vai apaixonar.
2004 Homem-Aranha 2. Dunst retoma o papel de Mary Jane Watson, a namorada de Peter Parker.
2004 Em O Despertar da Mente, Dunst tem um inspirado desempenho como Mary, uma técnica que faz parte de uma equipa que desenvolveu um inovador método científico para apagar memórias.
2003 Em O Sorriso de Mona Lisa, desempenha o papel de Betty Warren, uma mulher que complica a vida a uma recém-graduada professora (Julia Roberts) que consegue emprego no conceituado colégio Wellesley, para leccionar aulas de História de Arte.
2002 Homem-Aranha. O filme que reavivou a sua carreira.
2001 Em O Miar do Gato, é Marion Davies, a cantora de ópera amante de William Randolph Hearst.
2001 Em Linda de Morrer, faz o papel de Nicole Oakley.
1999 Em Virgens Suicidas, na estreia de Sofia Coppola como realizadora, a actriz é uma das três melancólicas mulheres.
1994 Em Mulherzinhas, é Amy March.
1994 Entrevista com o Vampiro. Kirsten tinha só 11 anos quando desempenhou este papel.
1990 A Fogueira das Vaidades.
1989 Contos de Nova Iorque, o seu primeiro filme.
Para finalizar o assunto
Mesmo sem falar, um jovem que seja vítima de bullying dá sinais de que algo não vai bem. Não está tão interactivo, muda o comportamento e não fala dos colegas.
Na opinião desta especialista, “a consciência do problema pode explicar em parte porque é que se tem a percepção do crescendo desse fenómeno. Mas se não há motivos para crer que se trate de um problema crescente, tal não significa que tenha diminuído ou que se tenha tornado menos grave”.
Margarida Matos também acredita que o bullying não é um problema crescente no nosso país, mas reconhece que está a ganhar mais gravidade. “E é a modalidade de bullying mais grave que tem aumentado.
Aquela em que as vítimas declaram que são provocadas todos os dias.
Os jovens não vêem a escola como solução para as suas vidas.
Não a vêem como investimento para o futuro.”Para mudar este cenário, Margarida Matos acredita que o caminho passa por valorizar o sucesso escolar e os bons professores. Para isso, é importante investir na Educação.
“Investir no ensino é barato, mais barato do que arcar com as consequências.
E são muitas, para além do bullying.”
Nas mãos dos professores
O que podem fazer os professores em casos específicos?
A psicóloga Margarida Matos recomenda:
Não devem tratar estes jovens como “coitados” ou pôr os holofotes sobre eles, pois têm direito à sua privacidade;
Descobrir as suas competências positivas (todos nós temos algo em que somos bons) e destacá-las;
Fazê-lo de forma honesta e não condescendente. Acima de tudo, com dignidade;
Criar condições para o jovem aprender a lidar e a resolver problemas;
Devem falar com a turma em geral sobre a violência, a importância de ter amigos, das relações entre as pessoas, mas de forma curta e objectiva.
E ouvir o que têm a dizer sobre isso...!!!
CONTINUAÇÃO
Começo por dizer que fiquei bastante contente com a vossa participação num tema tão importante, daí que, como sinto que recebi o feedback que eu gostaria, vou continuar um pouco mais sobre este tema que tem pano para mangas.
Muito obrigado.
“O bullying tem uma acção devastadora”, explica a psicóloga Margarida Matos.
“A pessoa sente-se mal e não sabe explicar bem porquê. Sente que está a ser provocada, mas não consegue explicar a razão ou não consegue que faça sentido. O miúdo parece sempre desasado, fica isolado.” E isso pode dar origem a reacções opostas. Ou a criança assume completamente o papel da vítima ou começa a defender-se, tornando-se agressiva perante os demais. Pode mesmo, mais tarde, vir a desempenhar o papel de provocador. Mas uma coisa é certa: a vítima calar-se-á.
O seu silêncio é recorrente. Por vergonha ou por medo.
Pais em acção
Os pais devem (... estar alerta para o problema)... mostrar-se abertos a ouvir e ponderar com os jovens... fazer com que sintam confiança e se sintam em segurança em casa, com abertura para falar sem ser pressionado, julgado ou criticado... preparar os jovens para identificar estes actos.
Ensinar-lhes que isso não é normal e que devem avisar um adulto sobre o que se passa... evitar que a vítima responda no mesmo registo violento... ensinar-lhes a argumentar, a falar sobre o tema em vez de chorar, fugir ou bater.
A aprofundar a questão e a conseguir defender a sua posição... educar para que sejam capazes de falar sobre as emoções e os afectos como quem fala de comida ou de outra coisa qualquer... estar conscientes de que não existem para resolver todos os problemas dos filhos, mas para estabelecer uma via aberta ao diálogo.
Bullying em Portugal
O último estudo realizado pela equipa liderada por Margarida Matos, no âmbito da Organização Mundial de Saúde, verificou que: Os rapazes envolvem-se em mais actos de violência na escola, quer como provocadores quer como vítimas ou em duplo envolvimento. Este envolvimento parece ter um pico aos 13 anos, embora os mais novos (11 anos) participem mais, enquanto vítimas. Estes jovens apresentam um perfil de afastamento em relação à casa, à família e à escola, e referem mais frequentemente ver televisão quatro ou mais horas por dia. Os que figuram como vítimas e os que têm duplo envolvimento afirmam mais frequentemente não se sentirem felizes e não se sentirem seguros na escola. Estes apontam ainda problemas de relação social com os seus pares – acham difícil arranjar novos amigos e dizem não ter amigos. Os que apresentam maiores queixas de sintomas físicos e psicológicos estão envolvidos mais frequentemente em comportamentos de vitimização. Os jovens que consideram difícil falar com a mãe sobre o que os preocupa, assim como os que sentem a mesma dificuldade em relação ao pai, estão envolvidos mais frequentemente em comportamentos de provocação e de duplo envolvimento. Aqueles que não têm pai ou não o vêem estão envolvidos mais frequentemente em comportamentos de vitimização...!!!
E quem é a vítima?
“Tendem a ser aquelas crianças que se distanciam de alguma forma das demais”, explica a psicóloga. Esta diferença pode dar-se por características físicas, culturais ou de outra natureza. “Mas são também jovens com falta de competências sociais, passivos, que não se organizam para se queixar.”“As vítimas tendem a obter pontuações mais baixas de auto-estima contra valores elevados de depressão, ansiedade e solidão, comparativamente com os seus congéneres”, aponta Ana Tomás de Almeida num artigo escrito por Cristina del Barrio no livro Violência e Vítimas de Crimes, Volume 2 (Quarteto).
E os agressores?
“Os provocadores típicos são descritos como sendo agressivos e fisicamente fortes”, escreve, por sua vez, Margarida Matos. “Envolvem-se mais em comportamentos de risco para a saúde, tais como o tabagismo, consumo de álcool em excesso e consumo de drogas” e “têm maior probabilidade do que os outros de se envolver em delinquência e violência.” São jovens que “não estão reconciliados com a escola, têm performances abaixo da média, não estão plenamente integrados e eles próprios sentem-se discriminados”, acrescenta a psicóloga, em entrevista. Muitas vezes os agressores foram massacrados de alguma forma. “Às vezes, é um ciclo vicioso: são maltratados pela mãe, que é maltratada pelo pai, etc.”
E o bullying não é negativo apenas para a vítima.
O comportamento do agressor é uma prova clara de que também necessita de atenção urgente. Mas, de acordo com o norueguês Dan Olweus, o bullying também é nocivo para o resto da turma e para o ambiente escolar, afectando a aprendizagem de todas as crianças.Em Portugal, “há reacções muito diferenciadas e não é possível generalizar. As escolas estão a pôr em marcha respostas e medidas. Há uma sensibilização crescente e isso pode evitar atitudes de baixar os braços e a tendência a dramatizar e considerar que não se pode fazer nada. Há muitos programas que podem ser adoptados e adaptados à realidade de cada escola. Há várias abordagens e diferentes modelos de intervenção, o que pode ser indicador da competência para a acção dos professores e do sistema educativo”, observa Ana Tomás de Almeida.
Só acrescento: Tirem as vossas conclusões.
Afinal, o que é o BULLYING...???
A imprensa internacional tem apresentado com frequência pouco usual histórias como a do jovem espanhol Jokin Cebrio, de 14 anos, que se atirou das muralhas da cidade de Hondarribia, no País Basco, onde vivia, para pôr fim a mais de um ano de tormento na escola.
Jokin era sistematicamente perseguido e maltratado pelos colegas.
Calou-se e foi aguentando. Acabou por criar coragem e contou aos pais o que se passava e quem o maltratava. Mas quatro dias depois de o ter feito, suicidou-se.
Jokin tornou-se um caso emblemático, tendo sido nos últimos meses referido um pouco por todo o mundo.
E ficou claro que o bullying não é um problema só de Espanha. É um mal comum a inúmeros países. Portugal não escapa a esta realidade. A violência entre pares na escola talvez não tenha levado jovens portugueses a pôr termo à vida, mas existe e provoca danos.
Dados recolhidos em Portugal, no âmbito do estudo Health Behaviour in School-aged Children (HBSC), da Organização Mundial de Saúde (OMS), em que foram entrevistados 6131 jovens do 6.º, 8.º e 10.º anos de todo o país, revelam que 23,3 por cento dos rapazes e 13,9 por cento das raparigas afirmaram ter sido vítimas de bullying duas ou três vezes por mês. Ao mesmo tempo, 13,9 por cento dos rapazes e 7 por cento das raparigas reconheceram ter agido como provocadores dos seus pares duas ou três vezes por mês.
Mas, afinal, o que é o bullying?
Alguns investigadores nacionais traduzem esta expressão como violência entre pares no contexto escolar. Outros preferem os termos provocação ou perseguição. Maus tratos e abuso são também expressões que surgem quando há referência a este fenómeno. De acordo com a psicóloga Margarida Matos, que coordenou os últimos quatro estudos HBSC da OMS realizados em Portugal, o termo surgiu para definir uma situação específica, que não se resume unicamente à agressão física. “É a provocação verbal, o chamar nomes, o deixar de lado, o fazer boatos. De forma repetida e sistemática. São situações em que muitas vezes a vítima não consegue explicar muito bem sem se arriscar a cair no ridículo.” É feito de forma intencional, com o objectivo de provocar mal-estar, de ganhar controlo sobre a outra pessoa e demonstrar poder. Pode acontecer mesmo no âmbito pré-escolar e é identificado em todos os estratos sociais. Ou seja, tanto nas escolas de bairros degradados como nos colégios particulares.
Os tipos de maus tratos (bullying) variam com as características das escolas, a sua população, cultura e clima escolar”, observa Ana Tomás de Almeida, do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho.De acordo com esta especialista, “é conhecido que há um aumento do fenómeno no final da idade escolar, que se prolonga até por volta dos 14 anos, com tendência a diminuir daí em diante. A tipologia dos comportamentos de maltrato também varia com a idade e com o género, com as raparigas a recorrerem a formas mais encobertas (rumores, histórias e ditos que têm um efeito de exclusão social) e os rapazes a usarem mais a provocação e a coacção física e psicológica”. O recreio, os corredores e as casas de banho da escola, onde a vigilância é muitas vezes mais reduzida, tendem a transformar-se em palco privilegiado para estas acções predatórias.
Há quem ainda veja estas acções como coisas da idade. “Não deixa de ser preocupante que alguns ainda continuem a pensar que estas práticas de poder e os abusos sempre existiram, que as crianças têm de aprender a defender-se, que são coisas de criança e não são nada de mais, que na sua escola não há violência… Efectivamente, alguns estereótipos correspondem a representações sociais que perpetuam a violência e tendem a legitimá-la. Tal pode ser muito perigoso, particularmente porque a violência não forma o carácter, não é inofensiva, não é divertida, não é aceitável.
A solução não é nem pode ser ocultar”, sublinha Ana Tomás de Almeida.
OBJECTIVOS
ANO NOVO... Por mais que pareçam 2 palavras sem sentido, porque nada muda de um dia para o outro, tem a sua lógica... mas, podemos aproveitar para fazer algumas alterações nas nossas vidas, porque não?
Esta imagem representa o «meu caminhar em direcção ao futuro»...
Ir em frente, é o meu lema, sempre foi e não será agora que vai deixar de ser.
Pela praia, sozinha, calmamente, apenas ouvindo o som do mar, o grito das gaivotas e rodeada de um silêncio tão prazeroso, lá vou eu!!!
Eu, pelo menos, tenho por hábito, no 1º dia do ano, criar 2 ou 3 objectivos para melhorar a minha vida, se estiver nas minhas mãos, poder concretizá-los. Não tenho ilusões e sei que se estipulasse 5 ou 6, não os conseguia atingir, daí, que vejo em que áreas preciso mais de mudar e, decido-me por 3, no máximo.
Em relação ao blog, também quero mudar alguma coisa, pois, na minha perspectiva, eu vejo um blog como forma de comunicar entre as pessoas, daí que não criei um blog «temático» visando só um tema.
Como já repararam, tenho falado de diversos temas, como cinema, viagens, livros, assuntos pessoais, poesia (que adoro) e agora, irei intercalar assuntos de conhecimento geral, alguns dos quais, me parece, muitas pessoas nunca terão ouvido falar.
Espero que gostem, embora alguns destes assuntos sejam fortes demais, no entanto, não podemos fugir à realidade. A nossa vida é a realidade!
Fico a aguardar a vossa participação, e também a vossa opinião, estou aberta ao diálogo e caso, alguém não concorde com os tais artigos e ache por bem, dizer-me e explicar-me porque não o devo fazer, não levarei a mal de forma alguma. Estamos aqui para nos entendermos todos e partilharmos os blogs uns dos outros.
Um acontecimento surpreendente e belo aconteceu durante os ultimos meses do ano 2005, através do blog fui vendo crescer um «Amor especial» entre 2 seres que, ficaram muito mais próximos de mim, precisamente porque publicamente resolveram falar do amor que sentem um pelo outro, nunca imaginei que neste espaço virtual, isso pudesse acontecer. Foi simplesmente MARAVILHOSO e, só tenho a dizer PARABÉNS NITA e A.CARLOS por terem partilhado a vossa Felicidade connosco. SEJAM MUITO FELIZES...!!!
VAZIO...
Vazio é uma modalidade de percepção, uma maneira de encarar as experiências. Ela não adiciona nada e não retira nada dos dados brutos dos eventos físicos e mentais. Você vê os eventos na mente e nos sentidos sem qualquer pensamento quanto à existência de algo por detrás deles.
Essa modalidade é chamada de vazio porque ela é desprovida das pressuposições que normalmente adicionamos às experiências para que elas façam sentido: as histórias e idéias sobre o mundo que criamos para explicar quem somos e o mundo no qual vivemos.
Embora essas histórias e idéias tenham utilidade, descobriu-se que algumas questões mais abstratas que surgem em decorrência delas - sobre a nossa verdadeira identidade e a realidade do mundo exterior - desviam a nossa atenção da experiência directa de como os eventos influenciam uns aos outros no momento presente. Dessa forma, elas nos atrapalham quando tentamos entender e solucionar o problema do sofrimento.
Quanto mais você se envolve nelas, mais você desvia a atenção de enxergar a verdadeira causa do sofrimento: os rótulos de "eu" e "meu" que colocam todo o processo em movimento. Como resultado, você não consegue encontrar a forma de desemaranhar a causa e dar um fim ao sofrimento.
Para obter domínio sobre a modalidade vazio de percepção é necessário treinamento em sólida virtude, concentração e sabedoria. Sem esse treinamento, a mente tende a ficar na modalidade que cria histórias e idéias sobre o mundo. E sob a perspectiva dessa modalidade, o ensinamento sobre o vazio soa simplesmente como mais uma história ou idéia sobre o mundo, com novas regras.
Em relação às suas idéias sobre o mundo, parece estar dizendo que, ou o mundo na verdade não existe, ou que o vazio é o grande fundamento não diferenciado dos seres, do qual todos viemos e para o qual algum dia todos retornaremos.
Se, você vê o vazio como o grande fundamento não diferenciado dos seres para o qual todos iremos retornar, então qual é a necessidade para o treinamento da mente em concentração e sabedoria, já que todos chegaremos lá de todo jeito? E mesmo se precisarmos de treinamento para regressar ao nosso fundamento dos seres, o que irá evitar que escapemos dele e soframos novamente? Portanto, em todas essas alternativas a idéia de treinar a mente parece ser fútil e sem sentido. Ao focarmos na questão de se realmente existe ou não algo por detrás das experiências, a mente fica tomada por assuntos que impedem-na de penetrar na modalidade do momento presente.
Em todos esses casos, os ensinamentos têm como objectivo fazer com que as pessoas foquem na qualidade das percepções e intenções da mente no presente momento - em outras palavras, fazer com que elas entrem na modalidade vazio. Tendo conseguido isso, elas podem usar os ensinamentos sobre o vazio para o objectivo desejado: afrouxar todos os apegos a idéias, histórias e pressuposições, deixando a mente vazia de todo o desejo, raiva e desilusão e dessa forma vazia de sofrimento e stress.
E no final das contas, esse é o vazio que realmente vale.
Caminhando...sobre nada...!!!
COMEÇOU UM NOVO ANO - 2006 Nos últimos dias, a minha vida tem-se resumido a caminhar sem destino, sem nada... fui vítima de uma negligência médica que me fez estar entre a Vida e a Morte.
O choque foi demasiado grande para poder ter alguma reacção ao sucedido...mas, agora, conforme os minutos, as horas e os dias vão passando, começam a vir à minha memória várias situações que me deixam ficar com diversos e controversos sentimentos.
Não sei ainda defini-los um a um, mas uma coisa é certa, vivo hoje com uma imensa decepção em relação a tudo.
É incrível como num instante parece termos toda uma vida à nossa frente e no seguinte o mundo insiste em nos tirar o tapete debaixo dos pés e fazer com que todos os nossos sonhos se esfumem no vazio. A morte, quando chega de mansinho no culminar de uma vida plena é difícil de encarar, mas quando é usurpada de forma abrupta, pela mão de um ser humano que tem nas suas mãos a responsabilidade de várias vidas, um homem igual a todos os seres humanos, um profissional da saúde, é ainda mais revoltante...
Tendo consciência da óptima evolução na área da medicina, em todo o Mundo, inclusivé cá em Portugal, não há simplesmente argumentos que possam calar a minha revolta.
O que existe é seres humanos inconscientes, irresponsáveis, e que se acham os melhores na sua área, nunca duvidando do que dizem, e não querendo que alguém lhes faça frente com alguma duvida ou questão, e eu sei bem do que falo...
Quando procuramos no dicionário a palavra decepção, encontramos desilusão, desengano. Uma pessoa decepcionada, desiludida, pode alojar dentro de si feridas seríssimas, amarguras, tornando-a isolada, pois acaba tendo dificuldade de confiar novamente em alguém. A maioria das pessoas que se desviaram tem uma decepção, uma desilusão para relatar. Onde estiver o ser humano haverá riscos de desilusão.
Talvez neste momento eu esteja profundamente magoada com alguém, e por causa disso vejo-me sem esperança, sem ânimo, sem vontade de perdoar...
Mas...perdoar? Como...? A quem me estava a fazer tanto mal, e eu sempre contrapondo e dizendo que não me estava a sentir bem...vozes de burro não chegam ao céu, eu sei, mas era a minha vida que estava em jogo, e não se brinca nem com a vida nem com a saúde das pessoas...!!!
Ninguém tem esse direito.
Nota: percebem agora a minha ausência deste espaço por vários dias?
Pois, não foi fácil nem está a ser fácil...
Outra ideia para começar o Ano...!
os preparativos para a chegada dos grupos, vindos de toda a parte do Mundo (a recepção dos jovens)
Encontro em Milão
Peregrinação de confiança através da terraVigésimo oitavo Encontro Europeu de Jovens
De 28 de Dezembro de 2005 a 1 de Janeiro de 2006
No final de cada ano, numa das principais cidades da Europa, Taizé anima um grande Encontro no qual participam dezenas de milhares de jovens, vindos de toda a Europa e também de outros continentes. Estes Encontros constituem etapas de uma «peregrinação de confiança através da terra».
O Encontro que começou a 28 de Dezembro de 2005 e termina hoje, dia 1 de Janeiro de 2006, teve lugar em Milão, capital da Lombardia.
Ponto culminante de muitos meses de preparação (tanto para os habitantes da região que acolheram os jovens como também para os que viajaram até Milão), o Encontro vai proporcionar uma ocasião para rezar juntos e partilhar com jovens de muitos países.
«Se actualmente queremos viver uma peregrinação de confiança através da terra, é porque estamos conscientes da urgência da paz. Podemos contribuir para a paz na medida em que procuramos responder através das nossas vidas às seguintes perguntas: poderei tornar-me portador de confiança onde vivo?
Estarei disposto a tentar compreender os outros cada vez melhor?» Irmão Roger, durante o Encontro em Lisboa, em 2004.
Preparar um futuro de paz para além dos muros que nos separam
Dispor-se a viver a fé no meio dos desafios do nosso tempo
Redescobrir a Igreja como fermento de reconciliação na família humana
Abrir-se à beleza da oração através dos cânticos e do silêncio
Passar cinco dias com jovens de toda a Europa… e de outros continentes
Procurar conhecer mais profundamente um povo e uma cultura
Ser acolhido por famílias e comunidades cristãs de Milão
Durante estes últimos dias, até hoje, milhares de jovens foram acolhidos em Milão para uma nova etapa da «peregrinação de confiança através da terra».
Estarei disponível para procurar um sentido para a minha vida, na companhia de outros jovens, através da oração, da reflexão e da partilha?
Poderei tornar-me, desde já, portador de esperança, na minha terra?
«Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz» que paz é esta, que Deus dá?
É antes de mais uma paz interior, uma paz do coração. É ela que permite lançar um olhar de esperança sobre o mundo, mesmo se ele é tantas vezes dilacerado por violências e conflitos.
Esta paz de Deus é também um apoio para que possamos contribuir, muito humildemente, para a construção da paz onde ela se encontra ameaçada.
A paz mundial é tão urgente para aliviar o sofrimento, em particular para que as crianças de hoje e de amanhã não conheçam a angústia e a insegurança.
Mas por que razão há pessoas que o amor deslumbra, que se sabem amadas, realizadas? Por que razão há outras que julgam ser desprezadas?
Se cada um de nós compreendesse: Deus acompanha-nos mesmo na nossa solidão mais insondável. Ele diz a cada um de nós: «És precioso aos meus olhos, eu estimo-te e amo-te.» Sim, Deus só pode dar o seu amor, aí se encontra todo o Evangelho.
O que Deus nos pede e nos oferece é que recebamos a sua infinita misericórdia.
Que Deus nos ama é uma realidade por vezes pouco acessível. Mas quando descobrimos que o seu amor é antes de tudo perdão, o nosso coração encontra sossego e acaba por transformar-se.
Eis que nos tornamos capazes de confiar a Deus o que perturba o nosso coração: encontramos então uma fonte onde buscar nova vitalidade.
Estaremos bem conscientes?
Deus confia tanto em nós que dirige a cada um de nós um chamamento.
O que é esse chamamento? É o convite a amar como ele nos ama. E não há amor mais profundo do que ir até ao dom de si próprio, por Deus e pelos outros.
Quem vive de Deus escolhe amar.
E um coração decidido a amar pode irradiar uma bondade sem limites.
Para quem procura amar com confiança, a vida enche-se de uma beleza serena.
Quem procura amar e dizê-lo através da sua vida é levado a interrogar-se sobre uma das questões mais prementes: como aliviar as penas e o tormento daqueles que estão próximo ou longe?
Mas o que é amar? Será partilhar o sofrimento dos mais maltratados? Sim.
Será ter uma bondade infinita de coração e esquecer-se de si próprio por causa dos outros, de forma desinteressada? Sim, certamente.
E ainda: o que é amar? Amar é perdoar, viver reconciliados. E a reconciliação é sempre uma Primavera da alma.
No coração de cada um nós, ainda hoje Cristo murmura: «Nunca te deixarei só, enviar-te-ei o Espírito Santo. Mesmo que te encontres no mais profundo desespero, estarei perto de ti.»
Acolher a consolação do Espírito Santo é procurar, no silêncio e na paz, abandonar-nos nele. Então, quando acontecimentos, às vezes graves, acontecem, torna-se possível ultrapassá-los.
Somos assim tão frágeis que precisemos de consolação?
A todos acontece ser abalado por um provação pessoal ou pelo sofrimento dos outros. Isso pode chegar até a pôr à prova a fé e a apagar a esperança. Reencontrar a confiança da fé e a paz do coração exige por vezes que se seja paciente em relação a si próprio.
Há um sofrimento que marca particularmente: o da morte de um próximo de quem talvez necessitássemos para caminhar na vida. Mas eis que essa provação pode conhecer uma transfiguração, abrindo-nos então para uma comunhão.
A quem se encontra no limite da dor, pode ser dada uma alegria do Evangelho. Deus vem iluminar o mistério da dor humana, acolhendo-nos assim na sua própria intimidade.
Procurar reconciliação e paz supõe uma luta interior. Não é um caminho de facilidade. Nada de duradouro se constrói na facilidade. O espírito de comunhão não é ingénuo, é coração que se alarga, é bondade profunda que recusa dar ouvidos à desconfiança.
TAMBÉM É POSSÍVEL A PARTICIPAÇÃO DE PESSOAS COM MAIS DE 35 ANOS, fiquei a saber a semana passada, precisamente por um casal de acolhimento da zona de Almada, que no ano passado, fim de 2004, início de 2005, recebeu em sua casa 4 raparigas vindas da Suíça e Polónia, para assistirem ao encontro que foi cá em Lisboa. Ficaram de tal maneira envolvidos no espírito destes jovens que vêm de todas as partes do Mundo, que este ano permitiram às suas 2 filhas irem participar no encontro de Milão. Elas estavam completamente delirantes com a ideia...eu, consigo imaginar!
Quem sabe, se para o fim deste ano não me inscrevo eu e lá vou, para poder experimentar uma nova fase da minha vida pessoal e passar 6 dias no meio de jovens, em reflexão, e noutra cidade do Mundo, que coincide sempre com a passagem de ano?
É mesmo uma ideia diferente...!!!